Estudos sobre o campesinato

• À medida que os antropólogos alargavam o seu âmbito de ação, de modo a considerarem de forma mais completa as complexas sociedades estatais que estavam a afetar as comunidades indígenas tradicionais de pequena escala, centrais nos primeiros estudos antropológicos, alguns concentraram-se nas comunidades camponesas.
• Os camponeses representam uma categoria importante, situando-se a meio caminho entre a sociedade industrial moderna e as forrageiras, pastores, agricultores e pescadores tradicionais de subsistência. Fazendo parte de sociedades maiores e mais complexas, as comunidades camponesas existem em todo o mundo, e o número de camponeses eleva-se a muitas centenas de milhões.
• O campesinato representa a maior categoria social da nossa espécie até à data. Uma vez que a agitação dos camponeses devido a problemas económicos e sociais alimenta a instabilidade política em muitos "países em desenvolvimento", os estudos antropológicos destas populações rurais na América Latina, África, Ásia e noutros locais são considerados significativos e práticos.
• Para além de melhorar as políticas que visam o desenvolvimento social e económico das comunidades rurais, os estudos antropológicos sobre camponeses podem oferecer uma visão sobre a forma de lidar com os camponeses que resistem aos desafios ao seu modo de vida tradicional. Essa investigação antropológica pode ser útil para promover a justiça social, ajudando a resolver, gerir ou evitar conflitos sociais e violência política, incluindo rebeliões e guerrilhas ou insurreições.