A situação no século XVIII

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  • Estas repúblicas perderam muito do seu brilho e do seu poder devido a diversas razões, cuja convergência faz lembrar as que suscitaram o declínio do feudalismo. Como este, a república patrícia é um regime condenado e já minado pela evolução da economia, da sociedade e dos espíritos.
  • Estas repúblicas, que outrora foram prósperas e muito ricas, foram mesmo os pólos da atividade económica da Europa medieval e moderna, entraram em decadência. Já não estão à escala da economia moderna. Adaptam-se mal ao mercantilismo e são progressivamente excluídas do comércio com as colónias em virtude do crescimento dos grandes Estados modernos - a França, a Inglaterra.
  • Paralelamente a esta decadência económica, são atingidas pelo declínio político. Confrontam-se com outras formas de regimes, mais modernos e mais bem armados para a competição, e são objecto da cobiça dos Estados monárquicos, que sonham absorvê-las. Quando estas cidades fazem parte de um conjunto político o poder central procura reduzir os seus privilégios.
  • A maior parte desaparecerá na tormenta revolucionária. Algumas entregar-se-ão livremente, ou então serão absorvidas pela aplicação do sistema de partilhas internacionais.
  • Alvo das ambições dos Estados monárquicos e arrastadas pelos turbilhões da tormenta revolucionária, estas cidades livres e estas repúblicas estão, além disso, em contradição com a aspiração unitária que vai predominar no século XIX. O nacionalismo moderno leva à formação de grandes Estados - Itália, Alemanha - e a sobrevivência dessas cidades livres é incompatível com os grandes conjuntos territoriais.
  • No entanto, estas cidades terão, no século XX, uma posteridade retardada; mas trata-se normalmente de criações artificiais, ditadas por considerações puramente diplomáticas.
  • Mas, no conjunto, esta forma de regime desapareceu praticamente da nossa Europa.