À medida que se estabelece uma rede de instituições pelas quais passa a decisão real, estabelece-se entre os vassalos e o soberano um outro tipo de relações, impessoais e anónimas: já não existem entre os nobres ou os burgueses e o monarca esses laços afetivos que, até Henrique IV, uniram os súbditos ao seu rei, mas relações jurídicas e administrativas. Esta evolução transporta os germes da ruína da ideia monárquica no espírito e no coração dos povos, pois trata-se apenas de um regime, de uma forma anónima e jurídica, e já não de uma pessoa ou de um princípio.