Esta legitimidade é, para a maior parte deles, consagra no sentido do próprio termo, poderíamos mesmo dizer, santificada, pela religião.
Por toda a parte, ou quase, existe um laço estreito que une a Igreja e o Estado. A natureza e as formas deste laço variam segundo as regiões e as confissões. Originariamente, porém, a Igreja estava dentro do Estado, e reciprocamente.
No século XVIII começa já a evolução que tende a dissociá-los, mas a ruptura não está ainda consumada. É ordinariamente o Estado que se afasta da Igreja, procurando subordinar a Igreja e o clero ao poder civil e submeter a sociedade religiosa ao direito comum. É esse o sentido do galicanismo, do josefismo, do regalismo. É uma etapa no processo de secularização do poder e das sociedades civis. Também neste ponto o antigo regime anuncia a revolução.