O problema das subsistências

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  • A revolução não escapa de modo algum à penúria e por várias vezes as massas sofrem fome, pois os géneros alimentícios são raros e os preços proibitivos.
  • A incerteza do abastecimento, aliada à psicologia das multidões revolucionárias, suscita nervosismo, irritação, e conduz ao sentimento de insegurança. Reencontramos esta situação noutras circunstâncias análogas na revolução soviética, entre 1917 e 1922, por exemplo, que também sofreu as repercussões da fome.
  • Encontra-se um índice no sincronismo dos calendários. Na sua maior parte, os movimentos populares produzem-se em momentos em que não se fez a junção entre os stocks da colheita precedente, já esgotados, e a nova colheita. É no decurso do Verão, quando os moageiros já não têm farinha, quando os padeiros estão desprovidos, que rebentam os movimentos a favor do terror, de que se espera uma solução satisfatória para o problema das subsistências
  • A febre, o nervosismo da população parisiense, desempenham um papel de acelerador; empurram para primeiro plano a fração disposta a adotar medidas extremas e, se os montanheses levam vantagem sobre os girondinos, é porque o povo confia neles para assegurar o abastecimento.