Enquanto o liberalismo está na oposição e tem de lutar contra as forças do antigo regime, a monarquia, os ultras, os contra-revolucionários, as igrejas, a tónica é colocada no seu aspeto subversivo e combativo. Porém, quando os liberais chegam ao poder, é o seu aspeto conservador que logo prevalece. Em nenhum outro caso isso é mais nítido do que na história interna da França. O Liberalismo é, pois, uma doutrina ambígua que combate sucessivamente dois adversários, o passado e o futuro, o antigo regime e a democracia futura.