O Estado não é amado: é naturalmente impopular, e, mesmo quando continua a pedir-se-lhe muito e a esperar que responda a toda a espécie de necessidades, respinga-se contra os constrangimentos que impõe, as incomodidades que acompanham a sua intervenção, os imbróglios da sua administração, o peso e a impessoalidade da sua tutela: a discordância entre as suas pretensões e os seus resultados, entre aquilo que dele se espera e o que ele oferece, alimenta as críticas e a nostalgia de um sistema onde o seu papel fosse reduzido.