De facto, no atinente às ciências sociais e humanas, parece-nos forçoso reconhecer que, ao menos por ora, todo o discurso científico, ele mesmo um modo (ou código) de «ler» o real, é por seu turno passível de uma dupla «leitura», ou melhor talvez: de uma «leitura» em dois diferentes níveis, o das suas significações propriamente científicas e o das suas significações ideológicas.