As causas do crescimento urbano III

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  • O êxodo respondia assim a um apelo através de uma concomitância da qual a Grã-Bretanha foi a primeira a dar o exemplo, o que representa um caso particularmente impressionante de causalidade recíproca: o crescimento das cidades constituía um pólo de atração e o afluxo de gente disponível permite esse mesmo crescimento.
  • Esta correlação está ligada a um acontecimento capital que modificou as funções da cidade: a revolução técnica, ligada à invenção da máquina, à utilização de novas fontes de energia, e que dá origem a uma concentração de mão-de-obra à volta dos novos centros de produção.
  • Anteriormente, a produção industrial e a transformação dos bens não estavam necessariamente ligadas à cidades. As indústrias mais pesadas - fundições, metalurgia, vidros — tinham-se instalado nas proximidades das matérias-primas ou dos minerais que trabalhavam ou das fontes onde iam buscar a energia: rios ou florestas. A partir de então, a indústria, porque necessita de uma mão-de-obra abundante que emprega ininterruptamente, está sujeita à presença de coletividades: quer seja ela a estabelecer-se na cidade, quer seja ela a criar a cidade, suscitando sempre a concentração dos homens.
  • Em ambos os casos há desde então uma correlação entre a cidade e a indústria, sublinhada pela concordância entre as taxas de industrialização regional ou nacional e as taxas de crescimento das cidades.