Pelo contrário, os flagelos sociais acompanham o crescimento das cidades: na primeira fase, no século XIX, o afluxo de imigrantes vindos dos campos e para quem nada está previsto, a dramática insuficiência de habitação, o amontoamento em caves ou saguões, o desemprego, crónico ou intermitente, constituem a condição das classes trabalhadoras, que são também, aos olhos dos notáveis, classes perigosas. De facto, a miséria, o pauperismo, engendram, entre outras consequências inelutáveis, a criminalidade, a delinquência, a prostituição