Quando o opressor pratica uma religião diferente da da nacionalidade submetida, religião e nacionalismo confundem-se. Assim se explica o que há de paradoxal no facto de religiões universais, como o catolicismo ou o protestantismo, se tornarem para certos povos o símbolo da sua singularidade nacional e a trincheira de resistência do seu particularismo contra o dominador. É o caso da Irlanda católica contra a Inglaterra protestante, da Polónia católica contra a Rússia ortodoxa ou a Prússia luterana.