A evolução do movimento entre 1815 e 1914

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  • A história da ideia nacional no século XIX cabe quase inteiramente nas oscilações entre o nacionalismo de esquerda e o nacionalismo de direita, entre a democracia e a tradição, dependendo da tendência dominante das situações históricas e locais.
  • Num primeiro tempo, no Congresso de Viena, em 1815, soberanos e diplomatas, muito ocupados em destruir a obra da revolução, em extirpar-lhe os princípios, não levaram em conta, na reconstrução da Europa, a aspiração à independência e à unidade que tinha sublevado os povos contra Napoleão e os tinha situado ao lado dos soberanos. Os Alemães ficam desiludidos com o regresso à divisão, os Italianos ainda mais com a dominação estrangeira.
  • Ao oprimir simultaneamente o sentimento nacional e a ideia liberal, o Congresso de Viena suscita ao mesmo tempo a ação conjunta dos movimentos das nacionalidades e dos movimentos de oposição à Santa Aliança.
  • De facto, a aliança, entre 1815 e 1830-1840, do movimento das nacionalidades e da ideia liberal provém do desconhecimento pelos diplomatas das aspirações nacionalisatas. Os dois movimentos confundem-se a partir de então e mesmo o vocabulário não os distingue, pois, quando se fala de «patriotas» em 1815 ou 1820, não se sabe se se trata de liberais que lutam pela instauração de um regime de liberdade contra as monarquias absolutas ou de nacionalistas que querem libertar o seu país de uma dominação estrangeira.
  • As revoluções de 1830 apresentam este duplo carácter de revoluções liberais e revoluções nacionais. Onde triunfam, instituem a independência e fundam a liberdade. Se é verdade que o fenómeno nacional não é senão um molde vazio que reclama uma ideologia, este molde é então preenchido pela ideologia liberal.