Mais enfaticamente do que Adam Smith, Saint-Simon definiu a administração do Estado como parasitária e hostil às necessidades da produção e às novas classes sociais emergentes, geradas pelo processo de industrialização. Pela sua natureza, escreveu, a humanidade estava destinada a viver em sociedade, primeiro sob regimes governamentais ou militares e depois, com o triunfo das ciências positivas e da indústria, sob um regime administrativo e industrial. As instituições administrativas da sociedade industrial já não estariam centralizadas no Estado, mas sim nas instituições da sociedade civil.