Com efeito, se hoje esta orientação pode parecer-nos natural, descobre-se, ao examiná-la, que nenhuma necessidade, nenhuma fatalidade, predestinavam a Europa a tomar a iniciativa das relações com o resto do mundo: muito pelo contrário, múltiplos factores teriam podido jogar em sentido inverso. A Europa estava longe de ser o continente mais vasto. Tão-pouco era o mais populoso. A avaliar pelo peso das massas humanas, era da Ásia que poderiam ter partido as grandes correntes migratórias. A Europa nem sequer tinha a seu favor o facto de ter a civilização mais antiga.