Consequências culturais II

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  • Esta imitação estendeu-se às instituições políticas, pois os movimentos de inspiração reformista propunham-se adoptar — algumas vezes adaptar — instituições ocidentais.
  • À semelhança da Europa, estes países dotam-se de constituições. São muitas vezes simples fachadas, meias aparências destinadas a dar à opinião pública europeia uma impressão favorável, mas, mesmo assim, é ainda uma forma de europeização, prestando indiretamente homenagem às instituições europeias.
  • Catarina II, que nunca pensou sinceramente em liberalizar o império dos czares, agia do mesmo modo, pois considerava útil para a sua reputação fazer crer aos intelectuais da Europa ocidental que era a sua mais fiel discípula. Estas constituições instituem governos à ocidental, com assembleias representativas e instituições parlamentares. Formam-se partidos segundo o modelo inglês ou francês.
  • A europeização afeta a organização da sociedade, os princípios inspiradores da ordem social, as relações entre os grupos. O código civil francês serviu de modelo a vários países. Outros adoptam a jurisprudência e a prática judicial anglo-saxónicas. O direito das pessoas pauta-se pouco a pouco pelo do Ocidente. Os regimes fundiários, por sua vez, evoluem. Os exércitos e as marinhas adequam-se à organização e à estratégia da Europa.
  • A maioria dos continentes tomam da Europa a sua civilização, os seus costumes, até na forma exterior, o vestuário, os usos, os gostos, mesmo os desportos. Assim, é possível reconhecer hoje qual foi o colonizador pelos desportos praticados nas antigas colónias.