Do Verão de 1914 ao Outono de 1989, o século XX durou então exactamente três quartos de século: uma duração inferior à do século propriamente dito, mais curta do que a do século XIX, mas cuja brevidade foi compensada, e largamente, pela sucessão dos acontecimentos, a densidade das experiências e a extensão das mutações. Século de ferro, talvez um dos mais negros da história, que traiu as esperanças que os finais do século XIX nele haviam depositado e que nos lembra que a história pode ser trágica. Século que deixa aos seus herdeiros uma sucessão difícil.