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  • No quadro das relações internacionais, a guerra entre a Turquia e a Grécia terminou com a assinatura do Tratado de Lausana (1923), que confere à Turquia bem melhores condições do que o Tratado de Sèvres. A Grécia renuncia à Grécia asiática e os dois países acordam em regular definitivamente o seu diferendo territorial procedendo a uma troca de populações. A população grega da Ásia é enviada para a Grécia europeia. É a primeira vez que dois países operam transferências de população em tão grande escala.
  • É também em 1923 que um estatuto pôs fim na Irlanda à guerra que opunha, desde 1919, os patriotas irlandeses aos ocupantes ingleses. O acordo não satisfaz todos os irlandeses, já que implica uma «partilha» da ilha. Por isso, a fração mais intransigente recusa reconhecer este compromisso e prosseguirá uma agitação terrorista endémica.
  • A França, após as eleições de 11 de Maio de 1924 e a vitória de uma maioria de esquerda, radical e socialista, renuncia à política de execução do tratado. Um espírito novo preside à diplomacia francesa.
  • Mais do que apoiar-se nas alianças tradicionais, nos acordos bilaterais e nos armamentos, a França investe a sua confiança na ação das instituições internacionais: a Sociedade das Nações, a organização de uma segurança colectiva e o recurso a processos de arbitragem que abrem a porta a um desarmamento controlado e generalizado. Como garantia da sua boa e da sua boa vontade, dá por finda a ocupação do Rur. O ponto de vista da França aproxima-se, assim, do da Grã-Bretanha.
  • Dois planos sucessivos, da autoria de dois especialistas americanos, pretendem regularizar o litigioso problema das indemnizações: o Plano Dawes, cuja aplicação implica a evacuação do Rur pela França, e, alguns anos mais tarde, o Plano Young.