Ao mesmo tempo — ou um pouco mais tarde —, as instituições da democracia liberal conhecem também dificuldades nos países que eram o seu berço e o seu feudo privilegiado. Os países situados no Norte e no Oeste da Europa: monarquias escandinavas, Holanda, Bélgica, Inglaterra, França, estes países escaparão ao contágio das ditaduras, mas não estão completamente imunizados contra os germes. A tentação invade-os. Na sua maioria parte, têm também os seus movimentos de agitação; alguns ambiciosos sonham derrubar a democracia parlamentar e substituí-la por um regime autoritário.
Se mesmo nestes países, onde a democracia pode reclamar-se de uma longa prática, ela está exposta às críticas e aos ataques, é porque parece funcionar mal. Nos jovens Estados, a democracia parecia prematura; nos velhos afigura-se ultrapassada. No século XIX, a opinião democrática via nela a fórmula do futuro; agora era considerada inadequada, desajustada.