A consciência de Comte de que os factos e a teoria estão mutuamente ligados sugere que a sociologia é uma ciência interpretativa, uma formulação que ultrapassa o positivismo crítico do Iluminismo. Comte foi o primeiro sociólogo teórico que era profundamente cético quanto à possibilidade de os factos observados falarem, por assim dizer, por si próprios. Mas a teoria que Comte desenvolveu era essencialmente uma teoria especulativa da mudança histórica, uma filosofia da história.