Os vírus podem provocar danos à agricultura, à pecuária e à saúde humana
Os avanços nas técnicas de Biologia Molecular, a partir dos anos 1980 e 1990, permitiram a identificação de diversos vírus humanos, o que possibilitou a criação e a melhoria de medidas de prevenção e de tratamento das infecções virais
Fatores que influenciam a gravidade da doença
Extensão e tipo de tecido afetado
Tipo de vírus
Estado geral de saúde da pessoa infectada
Embora os vírus sejam imunes a antibióticos, visto que são específicos para o combate de bactérias, existem soros e outros medicamentos que podem ser utilizados contra as infecções virais como tentativa de amenizar os sintomas
Uma determinada doença pode ser causada por vários vírus diferentes que possuam capacidade para infectar o mesmo tipo de célula ou tecido
Um mesmo vírus pode ser capaz de causar várias doenças diferentes ou não causar sintoma algum
Fatores de virulência
Fatores que influenciam na capacidade do vírus de causar doenças, isto é, na sua patogenicidade
A perda desses fatores de virulência resulta em atenuação do vírus, ou seja, na redução do poder patogênico deste
Muitas vacinas são produzidas com vírus atenuados
Síndrome da imunodeficiência adquirida - aids
Síndrome causada pelo vírus HIV, que ataca as células de defesa do organismo
O HIV foi isolado em 1983, na França, pelo médico e professor Luc Montagnier
Apesar do avanço no tratamento da aids, não há ainda medicamentos que garantam sua cura nem vacinas para prevenir a doença
A melhor estratégia no combate à aids é a prevenção
HIV
Vírus da imunodeficiência humana, causador da aids
Atualmente, há três grandes tipos de vírus HIV com inúmeros subtipos
A enorme variedade de cepas deve-se à alta taxa de mutação do vírus
Ciclo de vida do HIV
1. Proteínas do envelope do vírus se ligam ao receptor CD4 da célula hospedeira
2. Envelope do HIV se funde à membrana da célula
3. Enzima transcriptase reversa produz DNA viral a partir do RNA
4. DNA viral migra para o núcleo e se incorpora ao DNA da célula hospedeira
5. Provírus pode permanecer em estado latente ou comandar a produção de novos vírus
6. Novas partículas virais se formam e se desprendem da célula hospedeira
Células-alvo do HIV
Células que possuem a proteína CD4 na membrana, como linfócitos T4, monócitos, linfócitos B, células de nódulos linfáticos, timo, pele, encéfalo, medula óssea e intestinos
Características da síndrome da imunodeficiência adquirida
Conjunto de infecções oportunistas que surgem devido à queda da imunidade do paciente, causada pela diminuição dos linfócitos T4
Fases da infecção pelo HIV
1. Fase aguda: sintomas iniciais como febre, cefaleia e ínguas
2. Fase crônica: paciente assintomático, mas com vírus detectável
3. Fase sintomática: surgimento de infecções oportunistas e outros sintomas graves
A aids em si não mata, mas sim as infecções oportunistas
A causa mais comum de morte em pessoas com aids é a pneumonia pneumocística, causada pelo fungo Pneumocystis jirovecii
Apesar de não haver cura nem vacina para a aids, o tratamento pode aliviar os sintomas
Sintomas da AIDS
Linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), surgimento de pequenos pontos vermelhos na pele e distúrbios do sistema nervoso central (desde fortes dores de cabeça até encefalites)
Infecções oportunistas (herpes simples, candidíase, pneumonia, encefalite, inflamação do trato gastrointestinal, tuberculose, meningite, infecção do fígado e da medula óssea, Sarcoma de Kaposi, câncer do tecido linfoide e do reto)
Perda gradual da precisão do raciocínio e da locomoção
O tratamento pode aliviar os sintomas e prolongar a vida do paciente infectado
Quanto mais cedo se detectar a presença do HIV, maiores são as chances de o paciente receber cuidados médicos adequados
O diagnóstico precoce ajuda na conscientização da pessoa portadora do HIV sobre seu potencial de transmissão do vírus e os cuidados para não transmiti-lo a outras pessoas
O desenvolvimento de vacinas contra o vírus da AIDS tem sido um desafio, pois o material genético desse vírus é altamente mutagênico
Exame ELISA
Detecta a presença de anticorpos anti-HIV no sangue do indivíduo
Falso positivo
Pessoa entrou em contato com o vírus da AIDS, mas não adquiriu a doença (o vírus não atacou as células)
Falso negativo
Devido à janela imunológica, a pessoa tem o vírus HIV, mas o exame dá negativo devido à falta de anticorpos
Exame Western blot
Detecta proteínas do envelope do vírus HIV
Soropositivo
Pessoa com o vírus HIV
Soronegativo
Pessoa sem o vírus HIV
Componentes do coquetel anti-HIV
Inibidores da transcriptase reversa
Inibidores de protease
Inibidores de fusão
Nenhum dos medicamentos do coquetel destrói o HIV, apenas impedem a reprodução desse vírus
Meios de transmissão do vírus HIV
Leite materno de mães soropositivas
Relações sexuais sem preservativos com portadores do HIV
Transfusão de sangue contaminado
Placenta de mães soropositivas
Uso de seringa e material cirúrgico, além de equipamentos como cortador de unha e agulha de tatuagem, contaminados com HIV
Não há transmissão do HIV por meio da convivência social com portadores do vírus
Medidas profiláticas para prevenir a transmissão do vírus HIV
Uso de camisinha ou preservativo feminino durante as relações sexuais
Exigir amostras de sangue testadas em caso de transfusão
Uso do coquetel anti-HIV pela mulher grávida soropositiva
Utilização de seringas e agulhas descartáveis, materiais cirúrgicos, utensílios para tatuagem e manicure esterilizados e não compartilhados
O conceito de "grupos de risco" não é mais considerado, pois qualquer pessoa pode contrair o HIV, caso não se previna