Artérias cabeça e pescoço

Cards (88)

  • Artéria Carótida Comum

    • Ascende obliquamente com sentido súpero-lateral, e depois quase verticalmente até à sua terminação
    • Apresenta uma dilatação denominada seio carotídeo na sua extremidade superior
  • Bifurcação da artéria carótida comum

    1. Ocorre 1cm acima da cartilagem tiróide da laringe, num plano horizontal relacionado com C4 e o hióide
    2. Após a bifurcação, a artéria carótida externa localiza-se ântero-medialmente à interna
  • Artéria Carótida Comum Esquerda

    • Nasce no tórax, da crossa da aorta, anteriormente à artéria subclávia e posteriormente ao tronco braquiocefálico
  • Artéria Carótida Comum Direita

    • Tem origem no tronco braquiocefálico, na base do pescoço
  • Bainha Carotídea

    • Funde-se, na parte anterior, às lâminas superficial e pré-traqueal da fáscia cervical e, na parte posterior, à lâmina pré-vertebral da fáscia
    • Rodeia a artéria carótida comum (medial), a veia jugular interna (lateral) e o nervo vago (posteriormente aos vasos)
  • Seio Carotídeo

    • Barorecetor sensível a variações de pressão no interior do sistema arterial
    • É rodeado por terminações nervosas provenientes do glossofaríngeo, vago e simpático
  • Corpúsculo Carotídeo

    • Situa-se posteriormente à divisão carotídea
    • É uma formação rica em nervos e terminações nervosas essencialmente do glossofaríngeo e do vago, sendo considerado um quimiorrecetor que deteta variações químicas do sangue e capaz de determinar por via reflexa as modificações do ritmo respiratório
  • Na realização de suporte básico de vida (SBV) é necessário certificarmo-nos se o indivíduo se encontra em paragem cardiorrespiratória. Uma das formas de verificar é através da palpação do pulso carotídeo
  • Pulso carotídeo

    Facilmente percebido através da palpação da artéria carótida comum na face lateral do pescoço, onde está situada num sulco entre a traqueia e os músculos infrahioides. Em geral, é facilmente palpado profundamente à margem anterior do músculo esternocleidomastóide, no nível da margem superior da cartilagem tiróide
  • Artéria Carótida Interna

    • Estende-se desde a bifurcação da carótida comum até à cavidade craniana, onde termina lateralmente ao nervo óptico
    • Situa-se primeiro no espaço látero-faríngeo (porção retro-estilóide), depois atravessa o canal carotídeo e, por fim, o seio cavernoso
  • Espaço Látero-faríngeo

    • Situa-se lateralmente à faringe e é limitado: parede medial - parede lateral da faringe e septo sagital; parede lateral - ramo da mandíbula, lâmina superficial da fáscia cervical, e músculo esternocleidomastóide; parede posterior - lâmina pré-vertebral da fáscia cervical
    • É dividido pelo diafragma estilóide em espaço retro-estilóide e espaço pré-estilóide
  • Artéria Carótida Interna no Espaço Látero-faríngeo

    • Situa-se primeiro póstero-lateralmente à carótida externa e depois póstero-medialmente
    • Relaciona-se medialmente com a faringe e posteriormente com os processos transversos das vértebras cervicais
  • Artéria Carótida Interna no Canal Carotídeo
    • É rodeada por um plexo venoso e por um plexo simpático, seguindo as sinuosidades deste canal: ascende verticalmente e depois curva-se em sentido ântero-medial, mantendo esta posição horizontal até ao vértice do rochedo
  • Artéria Carótida Interna no Seio Cavernoso

    • Está em contacto com a parede lateral do seio, posteriormente, e com a sua parede medial, anteriormente
    • Ao chegar à extremidade superior do seio cavernoso, desloca-se no sentido póstero-superior, perfurando a membrana circundante do seio
    • Atravessa então a dura-máter e a aracnóide, ínfero-medialmente ao processo clinóide anterior
    • Cruza depois a face lateral do nervo óptico e bifurca-se nos seus dois ramos terminais: artérias cerebrais anterior e média
  • Segmentação da Artéria Carótida Interna

    • Divide-a, de inferior para superior, em 7 segmentos: C1 (Cervical), C2 (Petroso), C3 (Lácero), C4 (Cavernoso), C5 (Clinóideo), C6 (Oftálmico) e C7 (Comunicante)
  • Polígono de Willis

    Alguns anatomistas consideram que a artéria carótida interna apresenta quatro terminais: cerebral anterior, cerebral média, comunicante posterior e coroideia anterior. Aqui será utilizada a nomenclatura mais comumente usada no meio clínico e cirúrgico, que considera as cerebrais anterior e média os verdadeiros terminais da carótida interna.
  • Segmentação da artéria carótida interna (segundo Bouthillier)

    1. Segmento C1 (Cervical)
    2. Segmento C2 (Petroso)
    3. Segmento C3 (Lácero)
    4. Segmento C4 (Cavernoso)
    5. Segmento C5 (Clinóide)
    6. Segmento C6 (Oftálmico)
    7. Segmento C7 (Comunicante)
  • Mnemónica: O senhor (C1) Pedro (C2) lá (C3) na caverna (C4) clivou (C5) o olho (C6) comunicante (C7).
  • Ramos Colaterais da artéria carótida interna

    • Segmento Cervical (C1): não dá nenhum colateral
    • Segmento Petroso (C2): artéria carótido-timpânica
    • Segmento Lácero (C3): artéria vidiana (artéria pterigóide), artéria carótido-timpânica
    • No seio cavernoso (C4): tronco meningo-hipofisário
    • Segmento clinóide (C5): não dá nenhum colateral
    • Segmento oftálmico (C6): artéria hipofisária superior, artéria oftálmica
    • Segmento comunicante (C7): artéria comunicante posterior, artéria coroideia anterior
  • Artéria Oftálmica

    Nasce da artéria carótida interna, medialmente ao processo clinóide anterior. Dirige-se anteriormente, atravessa o canal óptico, lateralmente ao nervo óptico, e penetra na órbita.
  • Colaterais da artéria oftálmica

    • Grupo (nascem lateralmente ao nervo óptico): artéria central da retina, artéria lacrimal
    • 2º Grupo (nascem superiormente ao nervo óptico): artéria supraorbitária, artérias ciliares curtas posteriores, artérias ciliares longas posteriores, artérias ciliares anterior, artéria palpebral lateral, artérias musculares
    • Grupo (nascem medialmente ao nervo óptico): artéria etmoidal posterior, artéria etmoidal anterior, artérias palpebral medial, artéria supratroclear (frontal interna)
  • Terminal da artéria oftálmica

    Artéria dorsal do nariz ou nasal externa
  • Com o avanço da idade, a artéria carótida interna pode tornar-se estreita (estenótica) por causa do espessamento aterosclerótico das artérias. Devido à anastomose arterial, estruturas intracranianas como o encéfalo conseguem receber sangue proveniente da artéria facial (ramo da artéria carótida externa), sendo uma via alternativa de suprimento sanguíneo.
  • Artéria Carótida Externa

    Desde a sua origem, a artéria, que é inicialmente ântero-medial à artéria carótida interna, ascende verticalmente; depois coloca-se um pouco lateral e cruza a face anterior da artéria carótida interna. Por fim, ascende até à sua terminação.
  • Relações da parte cervical da artéria carótida externa

    • Anteriormente: músculo esternocleidomastóide, lâmina superficial da fáscia cervical e nervo hipoglosso
    • Posteriormente: artéria carótida interna
    • Medialmente: faringe
  • Relações da parte cefálica da artéria carótida externa

    • Inicialmente póstero-inferior à parótida, no espaço retro-estilóide
    • Depois ascende, sendo profunda ao músculo estilohioide e ao ventre posterior do digástrico
    • Finalmente, sai da bainha carotídea atravessando o diafragma estilóide, entre o músculo estilohioide e o músculo estilofaríngeo, para penetrar na região parotídea
  • Ramos Colaterais da artéria carótida externa

    • Artéria Tiroideia Superior
    • Artéria Lingual
    • Artéria Faríngea Ascendente
    • Artéria Facial
    • Artéria Occipital
  • Artéria Tiroideia Superior

    1. Nasce da face anterior da carótida externa e descende ântero-medialmente, para alcançar a glândula tiróide
    2. Ramos colaterais: ramo esternocleidomastóide, artéria Laríngea Superior
    3. Ramos terminais: ramo anterior, lateral e posterior
  • Triângulo de Béclard

    Espaço triangular limitado pela margem posterior do músculo hioglosso, ventre posterior do músculo digástrico e corno maior do osso hióide, pelo qual passam a artéria lingual e o nervo hipoglosso
  • Triângulo de Pirogoff
    Espaço triangular anterior ao de Béclard, limitado pelo tendão intermediário do músculo digástrico inferiormente, pelo nervo hipoglosso superiormente e pela margem posterior do músculo milohioide anteriormente, pelo qual passa a artéria lingual
  • Ramos Colaterais da artéria Lingual

    • Ramo suprahioide, ramo dorsal da língua
  • Ramos Terminais da artéria Lingual

    • Artéria sublingual, artéria profunda da língua
  • Ramos Colaterais da artéria Faríngea Ascendente

    • Ramos mediais para a faringe, ramos posteriores, artéria meníngea posterior
  • Artéria Facial

    Destaca-se da face anterior da carótida externa e desloca-se no sentido ântero-superior, perto da parede faríngea, sendo que depois passa inferiormente ao ventre posterior do digástrico e ao músculo estilóide. A artéria continua para anterior, passando superficialmente à glândula submandibular e descrevendo uma curva de concavidade inferior (primeira curva faríngea). Inflete-se na base da mandíbula e descreve uma segunda curva submandibular. Finalmente, ascende sobre a face e descreve uma terceira curva, a curva facial, com concavidade póstero-superior. Termina no ângulo interno do olho, como artéria angular, anastomosando-se, com a artéria dorsal (externa do nariz).
  • Ramos Colaterais da artéria Facial

    • Artéria palatina ascendente (palatina inferior), ramos submandibulares, artéria submentual, ramo pterigóide, artéria massetérica, artérias labiais superior e inferior, artéria da asa do nariz (nasal lateral)
  • Ramos Terminais da artéria Facial
    Artéria angular
  • O território de irrigação da artéria facial é: glândula submandibular, lábios, amígdala palatina, palato mole, músculos masséter, pterigóide medial, milohioide, digástrico e da face.
  • A artéria occipital nasce geralmente da face posterior da artéria carótida externa.
  • Artéria maxilar

    Mesmo nome
  • Ramos da artéria facial

    • Artérias labiais superior e inferior
    • Artéria da asa do nariz (nasal lateral)