Ideologia centrada na defesa dos direitos do indivíduo
Direitos naturais ou direitos do Homem
Liberdade, igualdade, segurança e propriedade
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão reconheceu que "os Homens nascem e são livres e iguais em direitos"
Cidadão
Ator político que intervém na governação
Formas de intervenção política dos cidadãos
Eleitores
Detentores de cargos
Participação em clubes, assembleias e jornais
Liberalismo moderado fez depender o exercício político da cidadania de critérios baseados no dinheiro e na propriedade, reservando o poder político à burguesia
Liberalismo político
Limita o poder através de constituições, separação de poderes e secularização das instituições
Constituições liberais resultaram de Constituições votadas pelos representantes da nação e Cartas Constitucionais outorgadas pelos soberanos
Liberalismo moderado defendia o reforço do poder executivo
Soberania nacional
Exercida por uma assembleia representativa de "ilustres" cidadãos possuidores de fortuna
Bicamaralismo
Uma Câmara Baixa de deputados eleitos e uma Câmara Alta de aristocracia e influentes escolhidos pelo monarca
Secularização das instituições
Separação da esfera política da religiosa, emancipação do indivíduo e do Estado da tutela da Igreja
Medidas de secularização
Registo civil
Rede de assistência e ensino laicos
Expropriação e nacionalização do património das ordens religiosas
Privação de privilégios do clero
Liberalismo económico
Defesa da iniciativa individual, livre mercado e ausência de intervenção estatal
Fisiocratismo
Agricultura como única criadora de riquezas, liberdade de propriedade e produção
Ideias de Adam Smith
Livre iniciativa, leis do mercado, ausência de intervenção estatal
Liberalismo económico expressou os interesses da burguesia e foi vital para o desenvolvimento do capitalismo industrial
Estados liberais nem sempre garantiram os direitos consagrados, impondo-lhes limites como o sufrágio censitário e a manutenção da escravatura
França aboliu a escravatura em 1794, mas Napoleão a restabeleceu em 1802, sendo definitivamente erradicada em 1848
Inglaterra aprovou leis para abolir o tráfico de escravos em 1807 e a escravatura em 1833
Portugal, pressionado pela Inglaterra, preparou a extinção da escravatura na metrópole, mas o tráfico negreiro para o Brasil continuou
Abolição da escravatura em Portugal
Proibição do tráfico negreiro, de que o nosso país, por razões históricas, foi um dos grandes agentes
Legislação pombalina preparou a extinção da escravatura na metrópole, ao proibir o transporte de escravos negros para Portugal e libertando os filhos dos escravos que aí nascessem
Segunda metade do século XVIII
Venda de escravos negros no mercado brasileiro continuou a alimentar os lucros de muitos traficantes que demandavam as colónias portuguesas em África
No século XIX, foram inúmeras as pressões da Grã-Bretanha para que Portugal pusesse fim ao tráfico negreiro, alegando razões filantrópicas, isto é, de defesa dos Direitos do Homem
Motivações económicas estavam na raiz da pressão britânica, pois o papel preponderante dos ingleses na economia portuguesa facultava-lhes o acesso aos recursos minerais e agrícolas das nossas colónias, cuja exploração ficava comprometida com a sangria de mão de obra que o tráfico negreiro representava
Visconde de Sá da Bandeira decretou a proibição de importação e exportação de escravos das colónias portuguesas ao sul do equador
Dezembro de 1836
Sá da Bandeira vislumbrou a necessidade do desenvolvimento dos territórios de África, onde a exploração do tráfico daria lugar ao fomento das atividades produtivas e à criação das infraestruturas adequadas
Rei D. Luís assinou e fez publicar o decreto do Governo, presidido pelo então marquês de Sá da Bandeira, onde se determinava que "Fica abolido o estado de escravidão em todos os territórios da monarquia portuguesa, desde o dia da publicação do presente decreto"
Fevereiro de 1869
Abolição da escravatura nos Estados Unidos da América
Princípios da liberdade e da igualdade, inscritos na Declaração da Independência em 1776, conviveram, contraditoriamente, durante quase um século com a escravatura dos negros
A Constituição do país permitiu a existência de escravos, deixando ao critério de cada Estado a sua extinção
O afrontamento entre abolicionistas e esclavagistas intensificou-se na segunda metade do século XIX, vindo a culminar numa violenta guerra civil de 1861 a 1865 - a Guerra da Secessão, que opôs os Estados do Sul aos do Norte
A vitória do Norte trouxe consigo o triunfo dos direitos humanos
Em plena guerra, o Governo da União proclamou extinta a escravatura no Sul
1863
A 13.ª Emenda à Constituição pôs termo à escravatura em qualquer ponto dos EUA
1865
A 15.ª Emenda à Constituição, de 27 de fevereiro de 1869, reconheceu direitos políticos aos antigos escravos, procurando a sua plena integração cívica
Romantismo
Expressão da ideologia liberal, marcado pelo sentimento, sensibilidade, ausência de regras e liberdade
Românticos centraram as atenções no indivíduo arrebatado pelo sentimento e pela paixão, pela solidão e pela melancolia