PNEUMONIA

Cards (33)

  • PAC
    Pneumonia Adquirida na Comunidade
  • IVAI
    Infecção da via aérea inferior
  • O diagnóstico é clínico
  • Pneumonia que ocorre em criança que não foi hospitalizada no último mês
  • Não é causada por agentes infecciosos hospitalares, e sim da comunidade
  • Agentes etiológicos da PAC
    • VSR
    • Vírus sincicial respiratório
    • Haemophilus influenza
    • Staphylococus aureus
    • Streptococcus pneumoniae
  • O quadro clínico da PAC é variado e inespecífico
  • Quadro clínico clássico da PAC
    • Tosse
    • Taquipneia
    • Febre de início agudo
  • Febre pode estar ausente em bebês muito pequenos
  • Quadro clínico em menores de cinco anos
    • Rinorreia
    • Febre baixa
  • Quadro clínico em crianças mais velhas
    • Dor torácica
    • Rigidez da nuca
  • Sinais de gravidade que indicam necessidade de internação

    • Saturação menor que 92%
    • Abolição do murmúrio vesicular
    • Recusa alimentar
    • Desnutrição grave
    • Sonolência
    • Rebaixamento do nível de consciência
  • Crianças com menos de 2 meses com tosse, dificuldade de respirar e frequência respiratória > 60 IPM são consideradas pacientes com pneumonia grave e devem ser internadas
  • Classificação da pneumonia em crianças com mais de 2 meses

    • Pneumonia (FR aumentada, tratamento ambulatorial com antibióticos)
    • Pneumonia grave (FR aumentada, tiragem subcostal, internação)
  • Conduta para crianças com 2 meses a 5 anos com tosse e dificuldade de respirar
    1. Pode ou não ser pneumonia
    2. Tratamos com broncodilatador se for asma, bronquiolite viral aguda ou sibilância viral
    3. Damos alta e orientações se for resfriado
    4. Damos amoxicilina e fazemos orientações se for pneumonia
    5. Damos a primeira dose de antibiótico e internamos se for pneumonia grave
  • Exames complementares para pacientes internados com PAC grave
    • Hemograma
    • Hemocultura
    • Eletrólitos
    • Testes de função hepática e renal
  • Marcadores inflamatórios não diferenciam pneumonia viral e bacteriana em crianças, mas servem como marcadores prognósticos
  • Indicações para realização de radiografia de tórax
    • Casos mais graves
    • Doença de evolução prolongada
    • Suspeita de malformações congênitas
    • Suspeita de aspiração de corpo estranho
    • Crianças menores de 5 anos que apresentam febre e leucocitose sem causa aparente
  • O hemograma é pouco específico para o diagnóstico da PAC, e a leucocitose presente não é suficiente para diferenciar a viral da bacteriana
  • A melhora dos valores da procalcitonina (PCT) durante o tratamento da PAC pode indicar melhora do quadro, mas a PCT sérica não deve ser feita de rotina
  • A hemocultura não deve ser realizada de rotina, exceto em pacientes que não apresentam boa evolução com tratamento antimicrobiano ou que vão internar
  • O teste para influenza e outros vírus respiratórios ajuda a identificar as PAC de etiologia viral, reduzindo o uso de antimicrobianos
  • Recomendações para radiografia de tórax
    • Não usar para investigar PAC sem necessidade de internação
    • Não deve ser realizada em pacientes com melhora clínica
    • Radiografia de tórax de incidência lateral não deve ser realizada de rotina
  • Hemocultura, swab oral e antígenos urinários para detectar pneumococos não devem ser realizados de rotina em PAC de tratamento ambulatorial
  • Tratamento da PAC
    1. Excluir diagnósticos diferenciais
    2. Pensar nos fatores de risco relacionados
    3. Iniciar imediatamente o tratamento com antibiótico
    4. Garantir consulta de reavaliação após 48h a 72h do início do tratamento ou se apresentar piora clínica
    5. Incentivar a prevenção (aleitamento materno, eliminação do tabagismo passivo, vacinação)
  • Opções de tratamento farmacológico
    • Ambulatorial
    • Suporte ambulatorial
    • Hospitalar
  • Tratamento ambulatorial
    Crianças sem sinais de gravidade e com boas condições clínicas devem ser tratadas em seu domicílio
  • Opções de antibióticos para tratamento ambulatorial
    • Amoxicilina VO
    • Eritromicina
    • Claritromicina
    • Azitromicina
  • Crianças com hipersensibilidade à penicilina podem receber cefalosporina de 2ª ou 3ª geração, e crianças com hipersensibilidade mediada por IgE podem receber clindamicina ou macrolídeo
  • Em caso de suspeita de infecção pelo M. pneumoniae ou C. pneumonia, acrescentar macrolídeo à amoxicilina, ou substituir amoxicilina por macrolídeo
  • Orientações no suporte ambulatorial

    • Abordagem da febre e dor
    • Manutenção da hidratação
    • Alimentação adequada
    • Identificar sinais de piora
    • Retorno em 48 a 72 horas
  • Indicações para intervenção hospitalar
    • Hipoxemia (saturação < 92%)
    • FR > 70 em menores de 12 meses
    • FR > 50 em crianças maiores
    • Dificuldade de respirar
    • Gemência
    • Batimento de asa de nariz
    • Tiragem intercostal
    • Desidratação ou incapacidade de se hidratar ou alimentar por via oral
    • Doenças subjacentes
  • Opções de tratamento hospitalar
    • Amoxicilina
    • Amoxicilina e inibidores da beta lactamase (clavulanato)
    • Gentamicina 7,5 mg/kg/dia de 12/12h + penicilina cristalina (para lactentes menores de 2 meses)
    • Azitromicina 10 mg/kg/dia dose única por 5 dias (suspeita de pneumonia atípica)