Subdivisão da biologia que estudaaorigemeadescendênciadasespécies, bemcomo as suas mudanças ao longo do tempo, ou seja, asuaevolução
Biologia Evolutiva
Tem como principal objetivo desvendar como as espécies se modificam através do tempo
Evolução
Transformação que ocorre entre gerações, ie, linhagens de indivíduos de uma determinada população
Desenvolvimento
Processo que ocorre durante a vida de um indivíduo
Essencialismo
Defende que as espécies não mudavam ao longo do tempo e que existiam características que definiam uma espécie (a essência da espécie), estática no espaço e no tempo
O essencialismo desvaloriza a variabilidade, considerando-a "errossem importância", desviosdaessênciadosindivíduos
Seleção Natural
Mecanismo proposto por Darwin com o intuito de explicar a evolução
Seleção Natural
Defende que a sobrevivência e reprodução diferencial numa população variável está associada a uma característica herdável: Indivíduos com características favoráveis têm uma maior probabilidade de sobreviver e reproduzir-se, transmitindo essas adaptações às gerações futuras
Seleção direcional
Na seleção direcional, a seleção tem um sentido: na população há um extremo que é favorável e que está a ser selecionado a favor, mas há outro extremo que está a ser selecionado contra
Seleção direcional
Este tipo de seleção altera a aptidão média no sentido favorecido, e vai haver perda de variabilidade, porque o alelo favorecido vai fixar-se e o outro vai desaparecer
Seleção + forte → + perda de variabilidade
Seleção estabilizadora
A seleção estabilizadora é um tipo de seleção que atua a favor dos valores intermédios do fenótipo, e por isso mantém a média da aptidão constante
Seleção estabilizadora
Diminui a variância porque há perda dos alelos que estão nos extremos (por serem desfavorecidos pela seleção)
É um tipo de seleção vantajosa para a heterozigotia, e evita a fixação de alelos
Seleção disruptiva
A seleção disruptiva ocorre quando o intermédio da distribuição fenotípica é desfavorecido e os extremos são favorecidos simultaneamente
Seleção disruptiva
A média da aptidão mantém-se constante, mas há um aumento da variabilidade
Seleção dependente da frequência
Seleção dependente da frequência ocorre quando a aptidão de um determinado fenótipo depende da frequência dele (comum ou raro), e não do seu valor
Formas de seleção dependente da frequência
Positivo: + frequente = + apto
Negativo: + raro = + apto
Seleção dependente da frequência
Gera uma dinâmica onde se mantém a variabilidade de forma dinâmica ao longo do tempo: Se o mais raro é o mais apto, este vai tornar-se mais comum, o que tira a sua vantagem competitiva (torna-se menos apto) e diminui a sua frequência. Há um aumento e diminuição consecutiva dos fenótipos mas nenhum é eliminado. Assim, podemos incluir este tipo de seleção dentro da seleção estabilizadora
Seleção balanceadora
A seleção balanceadora é um conceito que se refere à forma como a seleção natural pode favorecer a manutenção de variações genéticas numa população, mantendo um equilíbrio entre diferentes formas de um gene
Seleção balanceadora
Pode ocorrer de diferentes maneiras. Por exemplo, pode ser resultado da seleção estabilizadora, onde a aptidão é maximizada para indivíduos que possuem características intermédias, em vez de extremas. Isso ocorre quando condições ambientais favorecem indivíduos com características intermediárias, evitando a predominância de uma única forma do gene
Níveis de seleção
Gene de um indivíduo
Entre indivíduos de um grupo (ou população)
Entre grupos dentro de uma população
Entre espécies/linhagens
Deriva genética
Mecanismo microevolutivo que modifica aleatoriamente as frequências alélicas ao longo do tempo, o que resulta na perda de variação genética e na fixação de alelos
Deriva genética
Numa fase inicial, as populações são idênticas, e ao longo do tempo vão divergindo nas suas frequências alélicas
Quanto menor for a população, maior vai ser o efeito da deriva genética, porque a seleção demora mais tempo a atuar sobre um alelo
Impulso meiótico
Nome dado a uma forma de distorção da segregação que ocorre durante a meiose e faz com que um alelo tenha mais de 50% de probabilidade de ser transmitido a um gâmeta
Adaptacionismo
Sustenta que as características dos organismos são produtos da seleção natural, moldadas ao longo do tempo para melhorar a aptidão do organismo no ambiente (adaptações são a explicação da evolução dos organismos)
Adaptacionismo
As características dos organismos são consideradas adaptações quando são funcionais e lhes conferem uma vantagem adaptativa, aumentando as suas chances de sobrevivência e reprodução. São resultado da seleção natural, na qual indivíduos com características favoráveis têm uma maior probabilidade de sobreviver e reproduzir-se, transmitindo essas adaptações às gerações futuras
Adaptação
Algo funcional que evoluiu por seleção natural, por isso, é algo que aumenta o fitness. Tem uma base herdável, surgiu em formas anteriores
Adaptação
Um estádio ancestral de um determinado caracter evoluiu por vários passos até ao estádio derivado, o atual adaptado. É mais vantajoso que os estádios anteriores
Exaptação
Adaptação biológica que aumenta a aptidão, e que evoluiu por pressões seletivas diferentes relacionadas a uma adaptação para outras funções, até que eventualmente chegou a um estado em que veio a ser utilizada para outra função, a função atual
Mal-adaptativo
Características que evoluíram para uma determinada função mas entretanto o meio alterou-se e deixaram de ser vantajosas, então nesse sentido já não são adaptações, apesar de no passado já terem evoluído por seleção natural para aumentar a aptidão
Caracter vestigial
Órgãos ou caracteres que em espécies anteriores tiveram a sua função, mas que atualmente só restam vestígios, uma vez que sofreram uma atrofia ao longo do tempo. A sua existência é indicação de uma ancestralidade comum
Caracter vestigial
O surgimento do caractere vestigial ocorre por processos evolutivos: perde a função porque não está sujeito a pressões de seleção positivas, uma vez que perde o seu valor no ambiente em mudança
Aptidão inclusiva
Nova noção de aptidão, que engloba a aptidão direta e a aptidão indireta
Aptidão inclusiva
Aptidão indireta → sucesso reprodutor de outros indivíduos com os quais se colabora e se partilha genes (membros da sua colónia), do indivíduo altruísta
Aptidão direta → sucesso reprodutor do indivíduo que efetivamente se reproduz e "aproveita" o altruísmo do outro indivíduo
Altruísmo recíproco
Comportamento em que um indivíduo realiza atos altruístas em relação a outros indivíduos, com a expectativa de que esses "favores" sejam compensados no futuro
Teoria do equilíbrio de deslocamento de Wright
Propõe que a evolução ocorre por meio de uma combinação de três processos: deriva genética, seleção natural e migração entre populações
Teoria do equilíbrio de deslocamento de Wright
Pequenas populações isoladas podem acumular mutações aleatórias e sofrer deriva genética, resultando em diferentes combinações de alelos. Algumas dessas populações podem adquirir combinações genéticas que são adaptativas a um determinado ambiente local
Essas populações podem ser conectadas por migração, permitindo que os alelos benéficos se espalhem entre as populações
A seleção natural atua nas populações conectadas, favorecendo as combinações genéticas adaptativas e levando a mudanças evolutivas mais significativas ao longo do tempo
Pico adaptativo local vs global
Segundo a teoria do equilibrio de deslocamento de Wright, a topografia adaptativa poderia ter vários picos (uns mais altos que outros) separados por vales de menor aptidão
Pico adaptativo local vs global
Uma população que esteja na encosta de um pico, vai ser alvo de seleção direcional e vai aproximar-se do pico (aptidão aumenta)
Uma população que esteja na encosta de um pico local, vai sofrer seleção e ser movida para esse pico local, e não em direção ao vale para subir uma outra encosta: isto implicaria que a seleção fizesse diminuir a aptidão da população para depois a aumentar em torno de outro pico, mas a seleção gradual não "vê" estes passos em frente, simplesmente atua em cada geração para aumentar a aptidão face à geração anterior
Plasticidade fenotípica (adaptativa)
Capacidade de um organismo alterar as suas caracteristicas para melhor sobreviver num dado ambiente. É por isso considerada adaptativa, porque se adapta ao ambiente
Fenótipo
Características observáveis de um organismo, que resultam da interação entre o seu genótipo (informação genética) e o ambiente em que se desenvolve