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  • Propaganda
    Todos os regimes totalitários investiram fortemente em publicidade para propagarem os ideais totalitários e manterem o domínio ideológico sobre o povo
  • Medo e terror
    Há um constante policiamento da população
  • Eliminação das singularidades
    O Estado totalitário elimina as diferenças existentes entre as pessoas, criando um corpo total igual, ao implantar as mesmas ideias nas pessoas por meio da propaganda, impor os mesmos produtos para o consumo e controlar as suas vidas privadas
  • Totalitarismo e Hannah Arendt (1906-1975)
  • A filósofa judia alemã Hannah Arendt escreveu um livro chamado Origens do totalitarismo, além de outros textos em que se dedica a analisar o fenómeno totalitário e o antissemitismo por meio da filosofia política
  • Em Origens do totalitarismo, a pensadora dedica-se a identificar as origens desse fenómeno contemporâneo, além de estudar minuciosamente as causas políticas que levam ao totalitarismo
  • Arendt identifica a existência dos elementos comuns entre os regimes totalitários que foram descritos anteriormente
  • Totalitarismo
    A elevação de 2 fenómenos: o medo e o terror. A fusão desses dois elementos em sua potencialidade leva a um sistema extremamente burocrático em que o Estado total transforma a coletividade em um único corpo
  • Marca do totalitarismo
    A anulação da individualidade para a promoção de uma sociedade que pensa da mesma maneira e quer as mesmas coisas, apoiando, assim, em unissono, a atuação do líder totalitário
  • Para efetivar o que se objetivava com o totalitarismo, não bastava atuar com a propaganda alienante e com a força ideológica do líder, mas era necessário também eliminar todo aquele que se colocasse contra o regime, além de perseguir uma determinada categoria de pessoas como sendo inimigos em comum da nação
  • Hannah Arendt também classifica, em obras posteriores, como Eichmann em Jerusalém, a existência de tipos diferentes de pessoas que estavam por trás do nazismo
  • Nazistas convictos
    Tomados por um mal radical (que no vocabulário kantiano designa pessoas tomadas por um mal enraizado em si), ou seja, aqueles que realmente acreditavam no antissemitismo como salvação da pátria
  • Nazistas que não acreditavam no que estavam fazendo
    Mas que simplesmente faziam para obter alguma vantagem pessoal
  • H. Arendt procede à caracterização do Estado Totalitário, que se divide em antissemitismo, imperialismo e totalitarismo
  • O antissemitismo revela-se como a origem do totalitarismo e no caso alemão, o mesmo é um processo/atitude da cultura reveladora de certo tipo de racionalismo, absolutamente racional, biológico, que nunca se tinha assistido na história
  • Noção de povo
    Tem 2 grandes fontes: a sua história (comunidade que partilha uma história, e uma identidade simbólica histórica) e a raça (o povo como uma raça, o povo como grupo sanguíneo, como grupo racial/biológico, como uma etnia no sentido de grupo sanguíneo que partilha consanguinidade)
  • Os alemães esvaziam o conceito histórico de povo e adotam o conceito racial de povo
  • Isso tem consequências jurídicas graves porque o próprio conceito de cidadania passa a ter matriz real e não histórica
  • Um verdadeiro cidadão alemão tem que demonstrar os traços arianos
  • Assim começa a juridificação do conceito de raça, o mesmo culmina nas leis raciais de Nuremberga de 1935, que estabelecem as regras para se atribuir ou retirar a cidadania alemã e definem como se verifica raça alemã e avisam que não pode haver misturas de sangue, quem fizer punido
  • Todos os judeus vão ser privados da cidadania alemã e ser tratados como estrangeiros e isto para os alemães foi muito sedutor porque puderam progredir nas carreiras já que tiraram os judeus de cargos importantes
  • Criaram-se instituições para promover a raça ariana
  • O imperialismo pauta-se pela supremacia da raça ariana no sentido que esta é vista como aquela que tem o melhor corpo, as melhores qualidades morais, as pessoas são mais confiantes, simpáticas e desta forma, possuem uma perfeição psicológica, física e moral
  • O racismo ariano é integral, só a raça ariana é verdadeiramente humana, e todos os outros são inferiores, com graus distintos, mas todos inferiores
  • A raça ariana tem como responsabilidade histórica ser a raça que desenvolverá o mundo e que governa, naturalmente. Ao conquistarem a Europa, a ideia seria salvar o mundo, criando um império que durasse 1000 anos de paz
  • O totalitarismo prevê então uma sociedade sem classes, com uma homogeneidade social perfeita onde todos são unidos
  • O modelo cidadão perfeito é o soldado disciplinado que se sacrifica até a morte, que ama a sua pátria
  • Totalitarismo no poder - funciona com concentração de poder, partido único, verdadeiramente legítimo - todos os outros são problemáticos -, deve haver união nacional
  • Há muita propaganda, com doutrinação através da educação e controlo através da comunicação
  • um estado policial, isto é, um estado onde há múltiplos tipos de instituições que controlam toda a ação dos cidadãos. São organizações criminosas que estão sempre protegidas, nunca serão julgadas e assim, podem fazer o que quiserem pelo bem da nação
  • Se alguém é suspeito de ter a intenção de prejudicar o estado será considerado inimigo do estado e então deve ser eliminado