Hiperglicemia

Cards (44)

  • Quais são as condições que possuem critérios diagnósticos bem definidos segundo o último consenso da ADA?
    Cetoacidose diabética e estado hiperglicêmico hiperosmolar
  • Quais são os critérios diagnósticos para cetoacidose diabética?
    1. Cetose BHB >= 3 mmol/L ou cetonúria = 2+
    2. Acidose metabólica pH < 7,3 e/ou bicarbonato < 18 mmol/L
    3. Diabetes prévio ou glicemia > 200 mg/dL
  • Quais são os critérios diagnósticos para estado hiperglicêmico hiperosmolar?
    1. Exclusão de cetose e acidose BHB < 3 mmol/L ou cetonúria < 2+ e pH >= 7,3 e bicarbonato = 15 mmol/L
    2. Hiperglicemia glicemia = 600 mg/dL
    3. Hiperosmolaridade osmolaridade sérica > 300 mOsm/Kg
  • Como pode ser identificada a presença de corpos cetônicos?
    No sangue ou na urina
  • Qual é o principal cetoácido produzido durante a cetoacidose diabética?
    Beta-hidroxibutirato
  • Por que a aferição de beta-hidroxibutirato no sangue é preferida?
    É mais sensível e específica que ácido acetoacético
  • Quais são as limitações da avaliação do ácido acetoacético na urina?
    Pode ser alterada por medicações ou análise laboratorial
  • O que não é considerado um critério diagnóstico segundo o consenso para cetoacidose diabética?
    A elevação do ânion gap
  • O que pode confundir a avaliação da gasometria em pacientes com CAD?
    Distúrbios ácido-básicos mistos
  • Qual solução é recomendada para reposição de fluidos intravenosos (IV)?
    Soro fisiológico ou soluções balanceadas
  • Qual é a recomendação de volume de fluido nas primeiras 2 a 4 horas?
    500 a 1000 mL
  • Qual é a velocidade máxima de redução da glicemia no EHH?
    Menor que 90 a 120 mg/dL/h
  • O que deve ser considerado ao administrar fluidos em pacientes com disfunção renal ou cardíaca?
    Utilizar volume com cautela
  • Quanto tempo a hiperglicemia tende a demorar para resolver no EHH?
    De 8 a 10 horas
  • O que deve ser monitorado durante o tratamento da CAD?
    Potássio sérico e gasometria
  • O que deve ser feito se o potássio estiver < 3,5 mEq/L antes do início da insulina?
    Repor o eletrólito acima de 3,5 mEq/L
  • Com que frequência o potássio deve ser medido durante o tratamento da CAD?
    A cada 1 a 4 horas
  • O que deve ser feito se o potássio sérico estiver > 5,2 mEq/L?
    Não infundir potássio e continuar insulina
  • Qual é a taxa de infusão recomendada de insulina intravenosa na CAD?
    0,1 U/kg/h
  • Qual é o alvo da queda da glicemia durante o tratamento da CAD?
    50 a 70 mg/dL/h
  • O que deve ser feito quando a glicemia reduz a menos de 250 mg/dL na CAD?
    Adicionar solução glicosada a 5%
  • Quando o bicarbonato deve ser reposto?
    Quando o pH estiver < 7,0
  • Como deve ser a reposição de bicarbonato se indicada?
    100 mmol de HCO₃⁻ diluídos em 400 mL
  • Quais são os critérios de resolução da CAD?
    • Cetonemia < 0,6 mmol/L
    • pH > 7,3 ou HCO₃⁻ > 18 mmol/L
  • O que pode ocorrer se o bicarbonato for administrado acima de pH 7,0?
    Pode atrasar a resolução da CAD
  • Quando a hipofosfatemia pode ocorrer na CAD?
    Devido à perda de fósforo urinário
  • O que não deve ser utilizado como critério de resolução da CAD?
    O ânion gap
  • O que deve ser iniciado após a resolução da acidose na CAD?
    Insulina subcutânea em esquema basal-bolus
  • Quando a insulina subcutânea deve ser administrada após a CAD?
    1 a 2 horas antes da suspensão da insulina IV
  • Quais são os critérios de resolução para EHH?
    • Osmolaridade < 300 mOsm/kg
    • Hiperglicemia corrigida
    • Débito urinário > 0,5 mL/kg/h
    • Melhora do nível de consciência
  • Quais são as situações especiais a serem consideradas no tratamento?
    • Pacientes em uso de inibidores de SGLT2
    • Pacientes com doença renal crônica estágio V ou em terapia de substituição renal
  • O que deve ser feito com pacientes em uso de inibidores de SGLT2 durante a CAD?
    Suspender o iSGLT2 e iniciar solução glicosada
  • Como os pacientes com DRC estágio V geralmente se apresentam?
    Com hiperglicemia e hiponatremia acentuadas
  • O que deve ser monitorado mais frequentemente em pacientes com DRC estágio V?
    Potássio e glicemia
  • O que deve ser feito com a hidratação em pacientes com DRC estágio V?
    Ser muito cautelosa, se indicada
  • Cerca de um terço dos pacientes com CAD apresentam distúrbios ácido-básicos mistos, o que pode confundir a avaliação da gasometria desses pacientes. O motivo mais comum é a associação de uma alcalose metabólica devido à depleção de volume secundária às náuseas e vômitos e uma alcalose respiratória compensatória 
  • No EHH, a hiperglicemia tende a demorar mais a resolver, de 8 a 10 horas. A glicemia deve reduzir em velocidade menor que 90 a 120 mg/dL/h, para reduzir o risco de edema cerebral. Pelo mesmo motivo, a redução da natremia não deve exceder 10 mmol/l em 24 horas e a taxa de queda da osmolaridade não deve ser maior que 3,0 a 8,0 mOsm/kg/h. Soluções hipotônicas devem ser utilizadas apenas se a osmolaridade não reduzir com o tratamento inicial
  • O consenso ressalta a possibilidade de administração de insulina basal (0.15 - 0.3 U/kg via SC) simultaneamente à infusão contínua de insulina regular. O uso dessa estratégia reduz tempo de resolução da CAD, de infusão de insulina e de internação hospitalar, além de prevenir hiperglicemias de rebote, sem aumento do risco de hipoglicemias
  • Na CAD leve a moderada, a escolha de insulina pode ser tanto regular IV em infusão contínua, como análogos de ação rápida via subcutânea, sem superioridade entre os dois esquemas para esse perfil de paciente. A administração SC a cada 1 a 2 horas de análogos de ação rápida pode ser uma alternativa eficaz para cenários de escassez de recursos, poupando a necessidade de internação em leito de UTI
  • Critérios diagnósticos de cetoacidose diabética e EHH
    A) 3
    B) 2
    C) 7.3
    D) 18
    E) dm prévio
    F) 200
    G) 3
    H) 2
    I) 7.3
    J) 15
    K) 600
    L) 300