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  • A Primeira Guerra Mundial começou como uma guerra essencialmente europeia entre a tríplice aliança de França, Grã-Bretanha e Rússia, de um lado, e as chamadas "Potências Centrais", Alemanha e Áustria-Hungria, do outro, com a Sérvia e a Bélgica sendo imediatamente arrastadas para um dos lados devido ao ataque austríaco (que na verdade detonou a guerra) à primeira e o ataque alemão à segunda (como parte da estratégia de guerra da Alemanha).
  • A Turquia e a Bulgária logo se juntaram às Potências Centrais, enquanto do outro lado a Tríplice Aliança se avolumava numa coalizão bastante grande. Subornada, a Itália também entrou; depois foi a vez da Grécia, da Romênia e (muito mais nominalmente) Portugal também. Mais objetivo, o Japão entrou quase de imediato, a fim de tomar posições alemãs no Oriente Médio e no Pacífico ocidental, mas não se interessou por nada fora de sua região, e - mais importante — os EUA entraram em 1917. Na verdade, sua intervenção seria decisiva.
  • “Frente Ocidental”: Os alemães, então como na Segunda Guerra Mundial, viram-se diante de uma possível guerra em duas frentes. O plano alemão era liquidar rapidamente a França no Ocidente e depois partir com igual rapidez para liquidar a Rússia no Oriente, antes que o império do czar pudesse pôr em ação efetiva todo o peso de seu enorme potencial militar humano. Então, como depois, movida pela necessidade, a Alemanha planejava uma campanha relâmpago. O plano quase deu certo, mas não inteiramente.
  • “Frente Ocidental” (2): O exército alemão avançou sobre a França, inclusive atravessando a Bélgica, neutra, e só foi detido algumas dezenas de quilômetros a Leste de Paris, cinco ou seis semanas depois de declarada a guerra.
  • “Frente Ocidental” (3): Em seguida recuou um pouco, e os dois lados — os franceses agora complementados pelo que restava dos belgas e por uma força de terra britânica que logo cresceria enormemente - improvisaram linhas paralelas de trincheiras e fortificações defensivas, que pouco depois se estendiam sem interrupção da costa do Canal, em Flandres, até a fronteira suíça, deixando grande parte da França oriental e da Bélgica sob ocupação alemã. Nos três anos e meio que se seguiram não houve mudanças significativas de posição.
  • A “Frente Ocidental” tornou-se máquina de massacre provavelmente sem precedentes na história da guerra. 
  • A tentativa alemã de romper a barreira em Verdun, em 1916 (fevereiro-julho), foi uma batalha de 2 milhões de homens, com 1 milhão de baixas. Fracassou. 
  • Não surpreende que esta tenha permanecido como a "Grande Guerra“, mais terrível e traumática na memória que a Segunda Guerra Mundial. Os franceses perderam mais de 20% de seus homens em idade militar, e se incluirmos os prisioneiros de guerra, os feridos e os permanentemente estropiados e desfigurados. Não muito mais de um terço dos soldados franceses saiu da guerra incólume. Os britânicos perderam uma geração.