Teórica 16 - Hematopoieticos

Cards (83)

  • Hematopoiese
    Processo que envolve a produção de células sanguíneas a partir das precursoras
  • Hematopoiese no feto
    1. Ilhéus sanguíneos do saco vitelino
    2. Fígado e timo (2º mês)
    3. Baço e gânglios linfáticos
    4. Medula óssea (início do 4º-5º mês)
  • Hematopoiese no recém-nascido e no adulto
    1. Medula vermelha (todos os ossos no recém-nascido, esterno, vértebras, costelas, pélvis, ossos do crânio, epífises proximais dos ossos longos no adulto)
    2. Medula amarela (adulto - em hemorragias extensas ou de repetição pode originar medula vermelha)
  • Métodos de estudo da hematopoiese
    • Biópsia (observação das trabéculas ósseas e do parênquima hematopoiético)
    • Aspiração (colheita de amostra para esfregaço e observação)
  • Linhagem hematopoiética
    • Glóbulos vermelhos ou eritrócitos
    • Glóbulos brancos ou leucócitos
    • Plaquetas ou trombócitos
    • Plasma
  • Eritrócitos
    • Responsáveis pelo transporte de oxigénio, não têm núcleo, forma discóide altamente deformável, vida de 100 a 120 dias na circulação, destruídos no baço
  • Plaquetas
    • Corpúsculos pequenos e sem núcleo, formados na medula a partir de grandes células designadas de megacariócitos, envolvidas nos fenómenos de coagulação e de reparação vascular
  • Imunidade inata
    Granulócitos, mastócitos
  • Sistema mononuclear fagocitário

    Macrófagos e células dendríticas
  • Imunidade adaptativa
    Linfócitos T (citotóxicos, helper, reguladores), Linfócitos B, plasmócitos e imunoglobulinas, Linfócitos "natural killer" (NK)
  • Granulócitos
    • Constituem até 70% dos leucócitos em circulação, grande mobilidade (movimento amebóide) e capacidade fagocítica, morrem libertando enzimas lisossomais, originando o pus
  • Monócitos
    • Podem estar implicados na fagocitose (macrófagos fixos ou histiócitos), ser estimulados pelos linfócitos T para secretar citocinas intervindo na resposta imunitária do tipo celular e originar as células apresentadoras de antigénios (dendríticas)
  • Macrófagos
    • Podem ter origem na célula estaminal sanguínea ou no monócito, fagocitam o antigénio e migram pela linfa até aos vários tecidos linfóides de forma a apresentar o antigénio aos linfócitos, núcleo indentado e cromatina dispersa, extensões citoplasmáticas longas, numerosas e ramificadas
  • Células dendríticas
    • Existem na região cortico-medular e medula do timo, na zona paracortical do gânglio linfático e nos centros germinativos (locais), dispersas pelo tecido conjuntivo (histiocitos), no osso (osteoclastos), no pulmão (células poeira), no fígado (células de Kupffer), na pele (células de Langerhans) e no sistema nervoso central (microglia)
  • Linfócitos B
    • Têm vida curta, quando estimulados por antigénios diferenciam-se em plasmócitos (resposta imunitária humoral) que produzem anticorpos/imunoglobulinas, em regiões designadas de foliculos, proliferação depende das células T helper, número aumenta nas inflamações de natureza crónica
  • Linfócitos T
    • Proliferam depois de expostos a um antigénio, circulam ou acumulam-se nos órgãos linfóides, têm vida longa e intervêm na resposta imunitária celular por destruição dos antigénios (celulas/microorganismos), quer directamente por acção citotóxica, quer indirectamente por activação dos macrófagos ou dos linfócitos B
  • Linfócitos T citotóxicas
    • Matam células infectadas por vírus e células malignas, maioria com marcador de superfície CD8, bem como dos CD2, CD3 e TCR, necessitam das THelper para serem activadas e proliferam para formar clones de células activas e células de memória
  • Linfócitos T helper
    • Ajudam os outros leucócitos no desempenho das suas funções através da secreção de citocinas (activação das células B, regulação das NK e activação dos macrófagos), apresentam marcadores de superfície CD4, bem como CD2, CD3 e TCR
  • Linfócitos T reguladores
    • Permitem manter o equilibrio da resposta imunitária, determinam a tolerância a moléculas do próprio organismo mantendo activa a capacidade de resposta a um agente patogénico estranho ao organismo, libertam citocinas anti-inflamatórias, regulam a actividade das células T efetoras (citotóxicas) e das células dendriticas
  • Linfócitos Tfh/Tfr
    • Linfócitos Tfh ajudam os linfócitos B na sua activação e formação do centro germinativo, derivam de células Th (CD4+), Linfócitos Tfr são derivadas de Treg originarias do Timo, mantendo-se semelhantes a estas
  • Linfócitos "Natural killer"

    • Células NK e NKT são um subtipo de linfócitos grandes com grânulos no citoplasma, são citotóxicas sem a necessidade de reconhecimento prévio de antigénio, descobertas por atacarem diretamente as células tumorais, têm atividade citotóxica por contacto, libertando perforinas
  • Linfócitos T – helper

    Permitem manter o equilibrio da resposta imunitária. Determinam a tolerância a moléculas do próprio organismo mantendo activa a capacidade de resposta a um agente patogénico estranho ao organismo. Libertam citocinas anti-inflamatórias, regulam a actividade das células T efetoras (citotóxicas) e das células dendriticas.
  • Linfócitos T - reguladores
    Ajudam os linfócitos B na sua activação e formação do centro germinativo. As células Tfh derivam de células Th (CD4+) e as Tfr são derivadas de Treg originarias do Timo, mantendo-se semelhantes a estas.
  • Linfócitos Tfh/Tfr
    T follicle helper/regulatory
  • Linfócitos "Natural killer"

    Células Natural killer (NK) cells e natural killer T (NKT) são um subtipo de linfócitos grandes com grânulos no citoplasma. Estas células são citotóxicas sem a necessidade de reconhecimento prévio de antigénio. Descobertas por atacarem diretamente as células tumorais. Têm atividade citotóxica por contacto, libertando perforinas (formar poros) e granzimas, as quais desencadeiam a apoptose da célula a destruir.
  • Diapdese dos leucócitos
    A passage dos leucócitos da corrente sanguínea para os tecidos é feita por diapdese através das células cendoteliais. Esta passagem é feita por interação com proteínas de adesão expressas pelo endotélio e através das suas junções.
  • Tecido linfóide
    ORGANIZAÇÃO: cordonal, nodular, massas, difuso, denso. CONSTITUIÇÃO: fibras reticulares (colagénio do tipo III), células dendríticas, células reticulares (células fixas), histiócitos, linfócitos T e B, macrófagos (células livres), plasmócitos.
  • Medula amarela
    Medula Óssea
  • Medula vermelha
    Medula Óssea
  • Timo
    É o primeiro órgão linfóide a desenvolver-se – não tem folículos linfáticos nem fibras reticulares. É responsável pela maturação dos timocitos em linfócitos T. Tem uma configuração semelhante ao tomilho que em latim se designa por timo. Situa-se no mediastino, ao nível dos grande vasos do coração. Apresenta uma cápsula de tecido conjuntivo que envia trabéculas (interlobulares ou intralobares) que separam o órgão em lóbulos (incompletos).
  • Epiteliócito/célula epitelial reticular
    As suas células têm origem epitelial - epiteliócitos. Têm o aspecto de células reticulares epiteliais, com prolongamentos e unidas por desmossomas; apresentam tonofilamentos e grânulos de secreção com função endócrina: timosina → estimula a proliferação e diferenciação dos linfócitos T, timopoietina I e II → estimula a diferenciação dos linfócitos T.
  • Zona cortical do timo
    tecido linfóide denso, grande concentração de linfócitos pequenos, macrófagos, grande número de mitoses, células reticulares epiteliais, início diferenciação dos timocitos em linfocitos T.
  • Zona medular do timo
    tecido linfóide difuso, células reticulares epiteliais, diferenciação dos timócitos em linfócitos T, presença dos corpúsculos de Hassal por degenerescência e morte das células epiteliais.
  • Zona cortico-medular do timo
    vénulas pós capilares.
  • Barreira hemato-tímica
    formada por capilares com endotélio contínuo (sem poros) e membrana basal muito espessa, envolvidos por células reticulares epiteliais na região do córtex.
  • Circulação linfática no timo
    os vasos linfáticos existem nas paredes dos vasos de maior calibre, nos septos e na cápsula.
  • Circulação sanguínea no timo
    os vasos entram (artérias) e saem (veias) pela cápsula, correm através das trabéculas, arteríolas e capilares na região cortico-medular, os capilares da medula e septos podem ser fenestrados, vénulas pós capilares na junção cortico-medular por onde entram os linfócitos no timo.
  • Timectomia no recém-nascido

    existe atrofia de todo o sistema linfóide → caquexia → morte, deverá permanecer em ambiente estéril, podendo haver necessidade de se aplicarem antibióticos ou recorrer a "enxerto".
  • Timectomia no adulto
    sem gravidade se o indivíduo não tiver de ser submetido a radiações ou a outras causas de destruição.
  • Involução do timo
    Após a puberdade: pela idade, por radiações, infecções, doenças prolongadas. Permanecem células epiteliais, corpusculos de Hassal e alguns linfócitos com muito tecido adiposo.