Teórica 5 - Tec. musculares

Cards (65)

  • Tecidos musculares
    Classificação, estrutura e distribuição dos tecidos musculares
  • Tipos de tecido muscular
    • Estriado esquelético: controlo voluntário (SNC)
    • Estriado cardíaco: contração involuntária, rítmica
    • Liso: controlo involuntário
  • Histogénese
    1. As células que se vão diferenciar em musculares, os mioblastos, têm origem mesodérmica e sofrem um processo de alongamento gradativo, simultâneo com a síntese das proteínas filamentosas características do tecido muscular
    2. No músculo esquelético, a fusão de muitos mioblastos origina as longas fibras musculares esqueléticas, formando um sincício
  • Fibras musculares
    Células musculares
  • Sarcolema
    Membrana plasmática
  • Organização histológica (1): fibras-feixes-músculos
    1. Fibras musculares longas e cilíndricas, multinucleadas, apresentando estriação transversal
    2. Feixes ou fascículos, formados por um agrupamento de fibras musculares dispostas paralelamente
    3. Músculos, constituídos pela associação de vários fascículos
  • Fibras musculares esqueléticas
    • Os núcleos localizam-se à periferia da célula, logo abaixo do sarcolema
    • Células de diâmetro variável, entre 10 a 100 µm, que aumenta em resposta à actividade muscular intensa (hipertrofia) ou diminui após imobilização prolongada (atrofia)
  • Tecido conjuntivo associado ao músculo esquelético
    • União das fibras musculares
    • Transmissão da contração aos tendões, ligamentos e ossos
    • Condução dos vasos sanguíneos que nutrem o tecido
  • Estrutura das fibras musculares esqueléticas
    1. Abundantes miofibrilhas apresentando estriação transversal, dispostas longitudinalmente e organizadas em feixes
    2. As bandas transversais mais escuras são as bandas A que se encontram alternadas com as bandas I, mais claras e que por sua vez são intersectadas a meio por uma linha transversal escura, a linha Z
    3. A região das miofibrilhas compreendida entre duas linhas Z sucessivas, contendo duas meias bandas I e uma banda A, designa-se por sarcómero
  • Estrutura e composição das miofibrilhas (1)
    • Organização do sarcómero: formado principalmente pelos miofilamentos de miosina e actina
    • Miosina: principal constituinte da banda A, formado por filamentos espessos cuja união por ligações cruzadas, através da proteína miomesina, origina a linha M
    • Actina: constituinte maioritário da banda I. Os filamentos finos de actina penetram até alguma distância na banda A, ocupando os interstícios dos filamentos de miosina
  • Estrutura e composição das miofibrilhas (2)

    • Constituição molecular dos miofilamentos de miosina: proteína em dupla hélice, terminando numa porção globular ou "cabeça" que diverge lateralmente do plano da molécula, constituindo as pontes transversais que possuem actividade ATPasica
  • Estrutura e composição das miofibrilhas (3)
    • Constituição molecular dos miofilamentos de actina: proteína formada por monómeros globulares (actina G), possuindo um local de ligação à miosina, que se organizam em filamentos (actina F)
    • Proteínas associadas aos filamentos de actina: tropomiosina, troponina
  • Estrutura e composição das miofibrilhas (4)
    • Os filamentos de actina de sarcómeros adjacentes estão ligados entre si ao nível da linha Z, constituída por filamentos Z e α-actinina e, ainda, matriz do disco Z
    • A disposição coincidente dos sarcómeros é mantida por uma rede de desmina e vimentina, ao nível da linha Z
  • Retículo sarcoplasmático (1)
    1. Sarcotúbulos: formam um sistema contínuo de túbulos dispostos longitudinalmente que envolvem as miofibrilhas
    2. Cisternas terminais: dilatações terminais formadas pela confluência dos sarcotúbulos, dispostas transversalmente a intervalos regulares na zona de junção das bandas A e I
  • Retículo sarcoplasmático (2)
    Túbulos T: originados por uma invaginação da membrana plasmática, sendo contínuos com esta. O seu lúmen não comunica com o interior das cisternas terminais mas sim com o espaço extracelular
  • Enervação motora
    1. Nervos motores: comandam a contração do músculo esquelético. Penetram no músculo através do epimísio, ramificando-se no perimísio e endomísio
    2. Unidade motora: conjunto de um nervo motor e das fibras musculares por ele enervadas
  • Heterogeneidade citológica (1)
    • Fibras vermelhas ou fibras lentas: finas e escuras, de aparência granular, grande abundância de mitocôndrias, ricas em mioglobina e mais vascularizadas, energia proveniente da fosforilação oxidativa, enervadas por axónios pequenos, estimulação fácil mas condução do estímulo mais lenta, contração mais lenta e contínua
    • Fibras brancas ou fibras rápidas: diâmetro mais largo, mitocôndrias esparsas, menos irrigadas, energia proveniente da glicólise, enervadas por axónios grandes, estimulação mais difícil mas condução do estímulo mais rápida, contração mais rápida
  • Fibras vermelhas ou fibras lentas
    • Finas e escuras, de aparência granular
    • Grande abundância de mitocôndrias
    • Ricas em mioglobina e mais vascularizadas
    • Energia proveniente da fosforilação oxidativa
    • Enervadas por axónios pequenos
    • Estimulação fácil mas condução do estímulo mais lenta, contração mais lenta e contínua
  • Fibras brancas ou fibras rápidas
    • Diâmetro mais largo
    • Mitocôndrias esparsas
    • Menos irrigadas
    • Energia proveniente da glicólise
    • Enervadas por axónios grandes
    • Estimulação mais difícil mas condução do estímulo mais rápida, contração mais rápida mas menor resistência ao esforço prolongado
  • Tipos de músculos
    • Vermelhos - predominância de fibras vermelhas
    • Brancos - predominância de fibras brancas
    • Intermédios - igual número de fibras brancas e vermelhas
  • Músculo estriado cardíaco
    • Exibem estriação transversal, semelhante à do músculo esquelético, devido à organização das miofibrilhas em sarcómeros
    • Células individualizadas, unidas pelas extremidades através de discos intercalares
    • Apresentam bifurcações ou ramificações nas porções terminais de ligação às células adjacentes, o que origina uma distribuição em rede tridimensional, designada por plexiforme
    • Apresentam apenas um ou dois núcleos alongados, localizados no centro da fibra
    • Sarcoplasma mais abundante do que nas fibras esqueléticas, tal como as mitocôndrias e o glicogénio
    • As fibras estão envolvidas por tecido conjuntivo, semelhante ao endomísio, onde se localiza um grande número de capilares
    • Possuem capacidade de auto-estimulação, sendo a sua contração espontânea e rítmica
  • Estrutura das células musculares cardíacas
    • Os túbulos T estão localizados ao nível da linha Z, sendo as tríades pouco frequentes uma vez que aqueles túbulos se associam geralmente a uma única zona de expansão terminal do retículo, formando "diades"
    • O retículo sarcoplasmático é menos desenvolvido e mais irregular do que no músculo esquelético não possuindo cisternas terminais mas sim pequenas expansões no término dos sarcotúbulos
    • Os filamentos de actina e miosina preenchem quase totalmente a célula, não se organizando em feixes
    • Observam-se grandes depósitos de glicogénio e de lipofuscina no citoplasma, os quais aumentam com a idade
  • Discos intercalares
    • Ligam as células musculares cardíacas adjacentes, ao nível da banda I, apresentando um aspeto geralmente em escada com uma parte transversal cruzando a fibra em ângulo reto e uma outra lateral, longitudinal e paralela aos miofilamentos
  • Junções celulares dos discos intercalares
    • Fascia adherens – existe principalmente na parte transversal do disco e é semelhante à zona de aderência, não sendo, no entanto, contínua mas apresentando interrupções irregulares. Liga os filamentos de actina dos sarcómeros terminais das células contíguas
    • Desmossomas – unem fortemente as fibras, evitando a sua separação sob a constante atividade contráctil
    • Junções "gap" – existem principalmente na parte lateral do disco e permitem a comunicação entre as células vizinhas, bem como a passagem de iões, difundindo rapidamente a despolarização celular e facilitando a resposta simultânea de todas as fibras
  • Distribuição do músculo liso (ou visceral)

    • Camada contráctil do tracto digestivo, onde é responsável pelos movimentos peristálticos
    • Paredes dos ductos das glândulas anexas ao tubo digestivo, auxiliando a expulsão da secreção
    • Camada muscular das vias respiratórias
    • Músculo da íris e do corpo ciliar
    • Ductos e canais urinários e genitais
    • Pele - músculo erector do pelo
    • Músculo erector do mamilo
    • Paredes das artérias, veias e grandes troncos linfáticos
  • Estrutura das fibras musculares lisas
    • Células longas, embora menos do que as esqueléticas, e fusiformes, de difícil visualização individual devido à associação em camadas
    • Um único núcleo alongado, localizado centralmente, com cromatina pouco densa, podendo ser observados dois ou mais nucléolos
    • Disposição intercalada das células, sobrepondo a zona terminal mais fina de uma célula com a zona média mais espessa da célula confinante
    • Sarcoplasma homogéneo, sem estriação transversal, podendo após tratamento especial apresentar estriação longitudinal correspondente às miofibrilhas
  • Estrutura das fibras musculares lisas
    • Fibrilhas de actina e miosina organizadas em rede tridimensional no citoplasma, ligando-se ao sarcolema através de especializações designadas por corpos densos ou focais
    • Os filamentos de miosina apresentam as porções globulares ("cabeças) distribuídas em toda a sua extensão, com exceção das extremidades, permitindo um maior alcance na sobreposição com os filamentos de actina
    • Abundantes filamentos intermédios do citoesqueleto, nomeadamente a desmina, os quais também se ligam aos corpos densos
    • A contração é provocada pela entrada de Ca++ na célula por vesículas de endocitose às quais se encontra ligada a proteína calmodulina
  • Associação das fibras musculares lisas
    • Fibras isoladas, como na lâmina própria das vilosidades intestinais
    • Em camada única, de que são exemplo as artérias e as vias respiratórias inferiores
    • Formando várias camadas, tal como acontece no tracto gastro-intestinal e vias urinárias, apresentando as camadas orientação diversa que pode ser longitudinal, circular ou oblíqua
  • Associação das fibras musculares lisas
    • As células do tecido muscular liso encontram-se envoltas por tecido conjuntivo, rico em fibras reticulares, as quais podem ser sintetizadas pelas próprias células musculares
    • O tecido reticular forma uma rede unindo todo o tecido, à qual se unem as células musculares através dos corpos densos
    • O tecido conjuntivo contém os nervos e capilares que enervam e nutrem o tecido muscular, sendo de particular importância na transmissão uniforme da contração a toda a camada
    • A existência de junções "gap" entre as células musculares facilita a comunicação e a transmissão do impulso entre as células
  • Contração do músculo liso
    • Independente do controlo voluntário, não apresentando placas motoras
    • A contração é geralmente lenta mas prolongada e pode ser estimulada por impulsos nervosos oriundos do SNA, fatores hormonais ou alterações no próprio músculo
    • A contração pode ser simultânea em toda a camada muscular ou propagar-se em onda contráctil ao longo daquela (movimentos peristálticos)
  • Regeneração do tecido muscular
    • Estriado esquelético: tem possibilidade de regeneração moderada, a qual se deve à presença das células satélite que possuem capacidade de diferenciação em células musculares esqueléticas
    • Estriado cardíaco: sem possibilidade de regeneração, sendo as lesões substituídas por tecido conjuntivo
    • Liso: facilmente regenerável, através da divisão mitótica das células musculares lisas
  • Tipos de tecidos musculares
    • Estriado cardíaco
    • Estriado esquelético
    • Liso
  • Tecidos musculares
    Classificação, estrutura e distribuição dos tecidos musculares
  • Tipos de tecido muscular
    • Estriado esquelético: controlo voluntário (SNC)
    • Estriado cardíaco: contração involuntária, rítmica
    • Liso: controlo involuntário
  • Histogénese
    1. As células que se vão diferenciar em musculares, os mioblastos, têm origem mesodérmica e sofrem um processo de alongamento gradativo, simultâneo com a síntese das proteínas filamentosas características do tecido muscular
    2. No músculo esquelético, a fusão de muitos mioblastos origina as longas fibras musculares esqueléticas, formando um sincício
  • Fibras musculares
    Células musculares
  • Sarcolema
    Membrana plasmática
  • Organização histológica (1): fibras-feixes-músculos
    1. Fibras musculares longas e cilíndricas, multinucleadas, apresentando estriação transversal
    2. Feixes ou fascículos, formados por um agrupamento de fibras musculares dispostas paralelamente
    3. Músculos, constituídos pela associação de vários fascículos
  • Fibras musculares esqueléticas
    • Os núcleos localizam-se à periferia da célula, logo abaixo do sarcolema
    • Células de diâmetro variável, entre 10 a 100 µm, que aumenta em resposta à actividade muscular intensa (hipertrofia) ou diminui após imobilização prolongada (atrofia)
  • Tecido conjuntivo associado ao músculo esquelético
    • União das fibras musculares
    • Transmissão da contração aos tendões, ligamentos e ossos
    • Condução dos vasos sanguíneos que nutrem o tecido