A extensão geográfica II

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  • Todos estes factores provocam um alargamento progressivo do conflito. Pode distinguir-se uma espécie de círculos concêntricos à volta do foco inicial da guerra na Europa continental. O primeiro país a sair da neutralidade é o Império Otomano, que, em Novembro de 1914, se alia aos impérios centrais.
  • Os laços estreitos entre o Império Otomano e a Alemanha predispunham-se a colocar-se ao lado dos impérios centrais. A sua entrada na guerra tem grandes consequências estratégicas: o encerramento dos estreitos. A Rússia fica impossibilitada a partir de então de manter comunicações marítimas com os seus aliados ocidentais, de receber deles o material. Segunda consequência: a guerra estende-se à Ásia, pois o Império Otomano ocupa áreas da Europa e do continente asiático. O Médio Oriente é arrastado para a guerra ao lado da Alemanha e da Áustria.
  • Maio de 1915: é a vez de a Itália entrar na guerra, mas ao lado dos aliados. É aberta uma nova frente nos Alpes orientais, e a Áustria, que só tinha de combater, na frente leste, a Rússia e a Sérvia, vê-se obrigada a voltar-se também para oeste, entre o Trentino e o Adriático.
  • A partir de Outubro de 1915 é a entrada na guerra de pequenos países balcânicos, com uma série de intervenções em cascata. Agosto de 1916: a Roménia junta-se ao campo dos aliados. Junho de 1917: contra vontade, a Grécia é envolvida na guerra pelos aliados. Estes, para prestarem assistência à Sérvia e à Roménia, decidiram abrir uma segunda frente nos Balcãs.
  • Recordemos a participação, a partir de Março de 1916, de Portugal, que enviou, a título simbólico, uma divisão para a frente francesa.
  • No total, entraram no conflito catorze países da Europa. Em 1917 só existem como neutros na Europa, ao centro, a Suíça e, na periferia, pequenos países, os Países Baixos, os reinos escandinavos e a Espanha. Todos os outros foram envolvidos num conflito cuja intensidade não pára de aumentar.