O perigo interno não se limita aos vizinhos imediatos. Isto prende-se com a própria natureza da revolução russa e as circunstâncias em que se produziu. Não podia ser um acontecimento puramente russo, que dissesse respeito somente à história nacional da Rússia: é na Rússia que triunfa um fenómeno internacional por um conjunto fortuito de circunstâncias — a guerra, a derrota, a má organização militar, a ausência de tradições democráticas. Mas poderia muito bem ter começado noutro lugar. É uma revolução que se quer universal.