1. Ribonucleases clivam o transcrito inicial, separando os 3 rRNAs
2. Exonucleases digerem os extremos
Em bactérias, os 3 tipos de rRNA (16S rRNA, 23S rRNA e 5S rRNA) são transcritos num único transcrito primário (ou pré-rRNA). Um processo semelhante ocorre com os rRNAs de eucariotas (18S rRNA, 28S rRNA e 5.8S rRNA)
Processamento de rRNA em eucariotas
1. O pré-rRNA sofre uma série de clivagens e modificações (metilação e formação de pseudouridina (Ψ)), pela acção de pequenos RNAs nucleolares (snoRNAs) associados a proteínas (snoRNPs)
2. Este processo envolve ainda uma série de proteínas como exonucleases
O rRNA é produzido no nucléolo, mas os ribossomas vão funcionar no citoplasma
rRNA – ribossomas
Representam a vasta maioria dos RNA de uma célula (até 95-97% em bactérias e cerca de 80% num mamífero)
Procesamento de tRNA
1. Ocorre em bactérias e em eucariotas
2. Alguns tRNA são transcritos conjuntamente num mesmo transcrito primário e o seu processamento é pós-transcricional
3. Os pré-tRNAs sofrem muitos tipos de modificações
Nos eucariotas, o processamento dos tRNA ocorre no núcleo e é realizado exclusivamente por proteínas (não envolve outros RNAs)
Uma modificação importante é a adição da sequência CCA no extremo 3' (local onde vai ser carregado o aminoácido)
Alguns tRNAs sofrem splicing
tRNA – RNA de transferência
Transporta os aminoácidos para a síntese proteica
Estrutura tridimensional dos tRNA
É estabilizada por emparelhamento de algumas bases (formação de três loops)
Em todos os tRNA, o extremo 3' tem a sequência CCA, onde irá ser carregado o aminoácido
Alguns nucleótidos no tRNA são modificados: mG, m2G, mI, DHU, pseudouridina (ψ), inosina (I)
Os diferentes tRNA apresentam uma estrutura semelhante, mas cada tRNA tem uma estrutura tridimensional única que permite o seu reconhecimento pela correcta aminoacil-tRNA sintetase, que cataliza a ligação específica do respectivo aminoácido
Tradução
1. O mRNA vai ser usado como template para a síntese proteica
2. Esta tradução vai ser levada a cabo pelos ribossomas
3. Este processo envolve mRNA, rRNA e tRNA
Código Genético
Quatro tipos de bases azotadas, 20 aminoácidos
Leitura em codões – grupos de 3 nucleótidos
O código genético é degenerado (61 codões para 20 aminoácidos) e não ambíguo (um dado codão corresponde a um só aminoácido)
Era considerado universal, mas hoje em dia sabe-se que existirem algumas variações (standard e outros, nomeadamente mitocondriais)
Emparelhamento Wobble
Alguns tRNA podem ligar-se a vários codões
Esta permissividade ocorre apenas na 3ª posição do codão e não coloca em causa o código genético
Permite usar menos que 61 tRNAs para os 61 codões que levam à incorporação de aminoácidos
Os mútiplos codões que codificam um mesmo aminoácido são designados codões sinónimos. Contudo, numa dada espécie, nem todos os codões sinónimos são usados com a mesma frequência
Tradução
Ocorre em três etapas: iniciação, elongamento e terminação
Início da tradução em Procariotas
1. O complexo de iniciação forma-se no extremo 5' do mRNA
2. Vários fatores de iniciação (IF1, IF2 e IF3) facilitam a assemblagem do ribossoma e o início da tradução no codão de iniciação
3. É utilizado um tRNA específico no início da tradução: fMet (N-formil-metionina)
Início da Tradução em Eucariotas
1. O complexo de iniciação forma-se no extremo 5' do mRNA
2. O extremo 5' modificado (cap) é muito importante para o início da tradução (local de ligação de várias proteínas)
3. Normalmente o primeiro AUG é usado como codão de iniciação, mas a sequência em redor do AUG é importante para o seu reconhecimento
Tradução – elongação em bactérias
1. locais no ribossoma: aminoacilo (A), peptidilo (P), saída (E)
2. a ligação peptidica é catalizada por uma peptidil-transferase
3. EF-elongation factor
Tradução – elongação em eucariotas
1. O fator de elongação EF1α-GTP induz uma alteração conformacional no ribossoma colocando o tRNA com o aminoácido seguinte no local A
2. A subunidade maior catalisa a ligação peptídica e a hidrólise do EF2-GTP causa outra alteração conformacional no ribossoma que faz com que este avance um codão
Tradução
1. Codões STOP – UGA, UAA, UAG
2. Factores de dissociação: RF1 and RF2 em bactérias, eRF1 e eRF3 em eucariotas
3. O factor de dissociação vai reconhecer o codão de terminação e induzir a hidrólise da ligação aminoacil simultaneamente com a hidrólise do GTP com subsequente libertação do polipéptido
Polissoma – vários ribossomas operam sobre o mesmo mRNA
Tradução – elongação em bactérias
Locais no ribossoma: aminoacilo (A), peptidilo (P), saída (E)
A ligação peptidica é catalizada por uma peptidil-transferase
EF-elongation factor
Tradução – elongação em eucariotas
O fator de elongação EF1α-GTP induz uma alteração conformacional no ribossoma colocando o tRNA com o aminoácido seguinte no local A
A subunidade maior catalisa a ligação peptídica e a hidrólise do EF2-GTP causa outra alteração conformacional no ribossoma que faz com que este avance um codão
Tradução - Codões STOP
UGA, UAA, UAG
Factores de dissociação: RF1 e RF2 em bactérias, eRF1 e eRF3 em eucariotas
O factor de dissociação vai reconhecer o codão de terminação e induzir a hidrólise da ligação aminoacil simultaneamente com a hidrólise do GTP com subsequente libertação do polipéptido
Tradução - Polissoma – vários ribossomas operam sobre o mesmo mRNA (em procariotas e eucariotas)
Tradução - Em procariotas – a transcrição e a tradução ocorrem simultaneamente
Aminoácido
Grupo amino (-NH2)
Grupo carboxilo (-COOH)
Cadeia lateral R (distinta nos diferentes aminoácidos)
Formas L- e D- de um aminoácido
Diferem na forma como os diferentes grupos se organizam no espaço, em torno do Cα
A forma L é a mais comum, mas a forma D também existe na natureza (conferindo diferentes funções)
Aminoácidos
Podem ser classificados de acordo com a natureza química da sua cadeia lateral (ou grupo R)
A cadeia lateral pode diferir em estrutura, carga elétrica, solubilidade em água, etc.
Massa de uma proteína
Expressa em daltons (Da)
Estrutura primária
Sequência de aminoácidos indicada do terminal amino (N-terminus) para o terminal carboxílico (C-terminus)
Estrutura secundária
Os dois tipos principais são a hélice alfa e a folha beta (paralela ou anti-paralela)
Ligações entre o "backbone" de aminoácidos formando arranjos específicos
Ligações por pontes de hidrogénio entre os grupos C=O e H-N
Hélice α (alfa)
As cadeias laterais ficam voltadas para fora
Folhas β (beta)
As cadeias laterais ficam acima ou abaixo do plano
Estrutura terciária
O folding nativo é essencial para a função
A conformação nativa é estabilizada por vários tipos de ligações e também pela interação com o ambiente (por exemplo, grupos hidrofílicos estão tipicamente mais expostos que os hidrofóbicos)