Os philosophes desenvolveram uma forma extrema de dualismo filosófico, argumentando que, por um lado, as condições materiais determinavam as formas de consciência humana e os modos de ação e, por outro, defendendo a visão voluntarista de que, através de noções de liberdade e razão, a humanidade seria educada para sair da ignorância e da servidão às ideologias tradicionais. O otimismo racionalista da filosofia iluminista foi assim construído em torno do indivíduo livre que, guiado pelos preceitos da ciência, poderia reconstruir a sociedade através dos princípios da razão humana.