TRAnscription processamiento

Cards (35)

  • Testes Genéticos pré-implantação (PGT)
    • PGT-M - Preimplantation Genetic Testing for Monogenic diseases
    • PGT-SR - Preimplantation Genetic Testing for chromosomal Structural Rearrangements
    • PGT-A - Preimplantation Genetic Testing for Aneuploidy
  • Diagnóstico genético pré-implatação
    1. Estimulação da produção de óvulos e sua recolha
    2. Fertilização in vitro - Injeção intracitoplasmática de espermatozóides
    3. Extração (laser) de uma célula dos embriões com cerca de 5 dias, na fase de blastocisto, e vitrificação dos embriões
    4. Avaliação dos resultados do estudo genético, um embrião saudável será transferido para o útero
    5. Monitorização e confirmação da gravidez
  • Biópsia a um blastocisto
    Amostra de 5-10 células da camada celular externa, designada por trofoectoderme, a partir da qual se formará a placenta
  • Técnicas de Biologia Molecular envolvidas
    • PCR
    • FISH
    • Gene array
    • NGS
  • Início da transcrição pela RNA polimerase II
    • Existe um conjunto de factores gerais de transcrição que se associam à RNA polymerase II (TF-transcription factors)
    • Os elementos de regulação a montante (upstream) aumentam a eficiência de ligação da RNA polimerase. A estes elementos ligam-se fatores de transcrição específicos (para determinados genes) que contactam com os fatores gerais (TF)
  • Enhancers
    • Sequências envolvidas na regulação da expressão genética (promovem o início da transcrição)
    • Podem estar a montante (upstream) ou a jusante (downstream) do promotor
  • Elongação da transcrição pela RNA polimerase II
    1. A libertação da RNA polimerase II da região do promotor requer vários fatores de transcrição e a fosforilação do CTD (carboxyl tail domain)
    2. Todos os TF, excepto o TFIIH são libertados
    3. Durante a elongação o CTD está sempre perto do mRNA que está a ser sintetizado e esta proximidade permite a modelação de modificações ao RNA
  • Final da transcrição em eucariotas
    Mais complicado e menos bem bem definido que para procariotas, contudo pensa-se que para a RNA polimerase II, o final da transcrição está associado ao sinal funcional poli(A)
  • Diferenças na transcrição entre procariotas e eucariotas
    • Procariotas: Ocorre no citoplasma, RNA polimerase única e com um número inferior de subunidades, Fator sigma para início da transcrição, Promotor -35 e -10
    • Eucariotas: Ocorre no núcleo, RNA polimerase I, II e III, RNA polymerase IV e V-plantas, Início da transcrição envolve variados factores de iniciação, TATA box (-25)
  • mRNA - RNA mensageiro
    • Contém sequências não codificantes, para além da região codificante
    • mRNA policistrónico - Genes que codificam proteínas que funcionam juntas, são frequentemente contíguos no genoma
    • mRNA monocistrónico - Expressão sob o controlo de um único promotor
  • Processamento do mRNA em eucariotas
    • CAP no extremo 5' - Ligação de 7-metilguanosina ao transcrito, protege o mRNA de degradação e é necessário para a tradução
    • Splicing - Remoção de intrões
    • Cauda poli (A) no extremo 3' - Após o sinal AAUAAA ou AUUAAA, o extremo 3' é excisado por uma endonuclease e são adicionados 150 a 200 adeninas, importante para o transporte, estabilidade e tradução
    • O domínio carboxi-terminal (CTD) tem um papel importante no processamento do mRNA, pois serve de local de ligação para as proteínas necessárias ao capping, splicing e clivagem seguida de poliadenilação
  • Capping do mRNA
    Adição de uma guanosina trifosfato (GTP) com adição de um grupo metilo na posição 7 (7-metilguanosina). Distingue o mRNA dos restantes tipos de RNA e é importante para o transporte do mRNA para o citoplasma
  • Splicing do mRNA
    O mRNA antes do processamento inclui regiões codificantes (exões) e regiões não codificantes (intrões), que têm que ser removidos antes da tradução
  • Splicing alternativo do mRNA
    • O mesmo pré-mRNA transcrito pode ter diferentes splicings, e assim originar diferentes mRNAs, consoante o tecido onde o mRNA está a ser produzido, ou o estádio de desenvolvimento
    • Tipos de eventos de splicing alternativo: Omissão de exões, Retenção de intrões, Alternância nos locais de splicing, Exões de exclusão mútua, Promotores alternativos, Poliadenilação alternativa
  • Reconhecimento das fronteiras entre intrões e exões no pré-mRNA
    Nucleótidos específicos indicam os limites do intrão: GU no extremo 5' e AG no extremo 3'. Uma adenina a 15-45 nucleótidos a montante do extremo 3' também é típico (branch point). As sequências em redor destes nucleótidos também é bastante conservada
  • Splicing alternativo
    Presença de promotores alternativos, região codificante do transcrito pode iniciar-se com o exão 1a ou 1b
  • Tipos de eventos de splicing alternativo
    • Omissão de exões
    • Retenção de intrões
    • Alternância nos locais de splicing
    • Exões de exclusão mútua
  • No pré-mRNA (ou transcrito primário) é necessário reconhecer a fronteira entre intrões e exões
  • Nucleótidos específicos que indicam os limites do intrão
    GU no extremo 5' e AG no extremo 3'. Uma adenina a 15-45 nucleótidos a montante do extremo 3' também é típico (branch point)
  • Sequência típica do branch point
    YNYYRAY (Y indica uma pirimidina, N indica qualquer nucleótido e R indica uma purina)
  • Spliceossoma
    snRNPs (U1, U2, U4, U5 e U6) e proteínas
  • Formação do Spliceossoma
    1. U1 snRNPs liga-se ao local de splicing 5'
    2. U2 snRNPs liga-se ao local branch point
    3. U4/U6–U5 tri-snRNP são recrutadas
    4. U1 é libertada e posteriormente a U4 também
    5. Justaposição do local de splicing 5' e do branch point e ocorre a primeira reacção catalítica
    6. Os exões 5' e 3' alinham-se em U5 e ocorre a segunda reacção catalítica
  • Reações de transesterificação no splicing
    1. Reacção 1 – o extremo 5' do intrão (local dador) liga-se ao branch site
    2. Reacção 2 – ligação dos dois exões
  • A RNA polimerase tem um papel fundamental no splicing, gerindo a sua velocidade de processamento nas regiões terminais dos exões
  • Proteínas SR
    Ligam-se ao mRNA, nas sequências exónicas, e ajudam a posicionar a U1 e U2 nos locais corretos
  • Importância de "exon definition" nas espécies em que os intrões são muito longos (por oposição a "intron definition" em espécies em que os intrões são mais curtos)
  • Splicing enhancers e splicing silencers

    Proteínas SR (splicing enhancers) e proteínas hnRNP (splicing silencers) que se podem ligar a intrões e exões e regular o splicing alternativo
  • mRNA trans-splicing

    Processo raro em que o mRNA final resulta de splicing que ocorre entre 2 transcritos primários
  • mRNA self-splicing
    Primeira vez que uma molécula não-proteína foi descrita a catalisar uma reação, requer a formação de várias estruturas em loop no mRNA
  • Group I introns
    Encontrados em genes de mitocôndrias e cloroplastos, e ocasionalmente em bactérias e bacteriófagos
  • Group II introns
    Encontrados nos organelos de fungos e plantas e ocasionalmente em procariotas
  • Estudos recentes indicam que os exões humanos são predominantemente autónomos
  • Poliadenilação do mRNA
    1. Reconhecimento de uma sequência sinal no mRNA (AAUAAA) e uma região rica em GU
    2. Cleavage and polyadenylation specificity factor (CPSF) liga-se à sequência AAUAAA e o cleavage stimulation factor (CST) liga-se à região rica em GU
    3. Formação do complexo de poliadenilação que cliva o mRNA e adiciona a cauda poli(A)
  • Edição do mRNA, um processo raro
  • Exemplo de edição do mRNA no gene que codifica a apolipoproteína B: edição de C para U, com mudança de leitura do respetivo codão (que passa a ser um codão stop)