2. sRNA (small RNA) in bacteria - anneal to their target mRNAs and stabilize or degrade them
A maior parte do RNA de uma célula é rRNA, seguido de tRNA. O mRNA representa uma parte muito pequena do RNA total da célula
Fases da transcrição
1. Iniciação
2. Elongação
3. Terminação
As diferentes fases da transcrição (iniciação, elongação e terminação) são semelhantes entre procariotas e eucariotas, no entanto existem diferenças
RNA polimerase - sintetiza RNA no sentido 5'-3', usando como molde uma das cadeias do DNA
Promotor
Região do DNA importante para o início da transcrição
A "força" de um promotor depende de quão eficaz é o reconhecimento das regiões -35 e -10 pelo factor sigma
Os genes que codificam proteínas muito abundantes têm promotores mais fortes, ou seja, mais perto da sequência consenso reconhecida pelo fator sigma
UTR
Untranslated region
Subunidades da RNA polimerase em procariotas
2 subunidades maiores β e β' (beta)
2 subunidades menores α (alpha)
1 subunidade ω (omega)
1 fator σ (sigma)
RNA polimerase em procariotas
Subunidade β - activa na síntese
Subunidade β' - liga-se ao DNA
Subunidades α - promovem as interações com proteínas reguladoras
Subunidade ω - estabiliza a enzima e ajuda na sua assemblagem; regulação da expressão genética
Diferentes factores sigma reconhecem diferentes promotores, o que permite direcionar a RNA polimerase para diferentes conjuntos de genes, de acordo com a fase de crescimento ou condições ambientais
Fatores sigma
Primário (σ70)
ECF (extra cytoplasmatic function) (σE)
Existem factores anti-sigma que sequestram os fatores sigma quando estes não são necessários
Elongação da transcrição em procariotas
1. Bolha de transcrição - provoca alterações na torção da molécula de DNA (DNA girases e topoisomerases são envolvidas no processo para gerir a tensão do enrolamento)
2. A velocidade de transcrição (cerca de 40 nucleótidos/seg) é muito menor que a velocidade de replicação do DNA
Terminação intrínseca (ou Rho-independente) em procariotas
1. A sequência do terminador leva à síntese de regiões complementares que vão originar um hairpin no mRNA
2. O terminador consiste em duas regiões complementares (invertidas), separadas por aproximadamente 10 bases, seguidas de uma repetição de adeninas
3. Quando a RNA polimerase atinge o hairpin, pausa, e como a ligação U-A é muito fraca, a ligação da RNA polimerase ao DNA termina
Terminação Rho-dependente em procariotas
1. A proteína Rho é um hexâmero que reconhece uma sequência no mRNA rica em C e pobre em G
2. Rho vai provocar alterações alostéricas na RNA polimerase e leva à terminação
Tipos de RNA polimerase em eucariotas
RNA polimerase I - Transcrição de rRNAs (excepto 5S rRNA)
RNA polimerase II - Transcrição de mRNAs e outros pequenos RNAs
RNA polimerase III - Transcrição de tRNAs, 5S rRNA e outros pequenos RNAs
Início da transcrição pela RNA polimerase I
1. A síntese de rRNA pela RNA polimerase I está localizada numa região particular do núcleo designada por nucléolo
2. O promotor da RNA polimerase I tem regiões ricas em G/C, reconhecidas pela UBF1
3. Após a ligação de UBF1 e SL1, a RNA polimerase I liga-se com a ajuda de fatores de transcrição (TF-transcription factors)
Início da transcrição pela RNA polimerase III
1. Os promotores para o 5S rRNA e tRNA localizam-se na região transcrita (excepção)
2. Estão envolvidos vários fatores de transcrição (TF-transcription factor)-TFIIIC e TFIIIB- sendo que o TFIIIB é muito importante para o posicionamento da RNA polimerase no local correto
Início da transcrição pela RNA polimerase II
1. Formação do complexo de pré-iniciação, com a ligação da proteína TBP (TATA binding protein) à TATA box, que em seguida recruta outros factores de transcrição e a RNA polimerase II
2. Uma das subunidades da RNA polimerase II tem um domínio carboxi-terminal (CTD-carboxy terminal domain) que é fosforilado para se dar o início da fase de elongação
Elementos reguladores a montante (upstream) na transcrição pela RNA polimerase II
Aumentam a eficiência de ligação da RNA polimerase
Ligam-se fatores de transcrição específicos (para determinados genes) que contactam com os fatores gerais (TF)
Enhancers
Sequências envolvidas na regulação da expressão genética (promovem o início da transcrição)
Podem estar a montante (upstream) ou a jusante (downstream) do promotor
Início da transcrição pela RNA polimerase II
Existe um conjunto de factores gerais de transcrição que se associam à RNA polymerase II (TF-transcription factors)
Os elementos de regulação a montante (upstream) aumentam a eficiência de ligação da RNA polimerase. A estes elementos ligam-se fatores de transcrição específicos (para determinados genes) que contactam com os fatores gerais (TF)
Enhancers
Sequências envolvidas na regulação da expressão genética (promovem o início da transcrição)
Podem estar a montante (upstream) ou a jusante (downstream) do promotor
Elongação da transcrição pela RNA polimerase II
1. A libertação da RNA polimerase II da região do promotor requer vários fatores de transcrição e a fosforilação do CTD (carboxyl tail domain)
2. Todos os TF, excepto o TFIIH são libertados
3. Durante a elongação o CTD está sempre perto do mRNA que está a ser sintetizado e esta proximidade permite a modelação de modificações ao RNA
Final da transcrição em eucariotas
Mais complicado e menos bem bem definido que para procariotas, contudo pensa-se que para a RNA polimerase II, o final da transcrição está associado ao sinal funcional poli(A)
Diferenças na transcrição entre procariotas e eucariotas
Ocorre no citoplasma (procariotas) vs no núcleo (eucariotas)
RNA polimerase única e com um número inferior de subunidades (procariotas) vs RNA polimerase I, II e III, RNA polymerase IV e V-plantas (eucariotas)
Fator sigma para início da transcrição (procariotas) vs Início da transcrição envolve variados fatores de iniciação (eucariotas)
Promotor -35 e -10 (procariotas) vs TATA box (-25) (eucariotas)
mRNA - RNA mensageiro
Contém sequências não codificantes, para além da região codificante
Pode ser policistrónico ou monocistrónico
Processamento do mRNA em eucariotas
Cap no extremo 5' - Ligação de 7-metilguanosina ao transcrito
Splicing - Remoção de intrões
Cauda poli (A) no extremo 3' - Após o sinal AAUAAA ou AUUAAA, o extremo 3' é excisado por uma endonuclease e são adicionados 150 a 200 adeninas
Capping do mRNA
Adição de uma guanosina trifosfato (GTP) com adição de um grupo metilo na posição 7 (7-metilguanosina)
Cap 0 (mais comum), Cap 1 (grupo metilo adicionado à ribose do primeiro nucleótido), Cap 2 (grupo metilo adicionado à ribose do segundo nucleótido)
Splicing do mRNA
O mRNA antes do processamento inclui regiões codificantes (exões) e regiões não codificantes (intrões), que têm que ser removidos antes da tradução
Algumas vantagens deste processo
Splicing alternativo do mRNA
O mesmo pré-mRNA transcrito pode ter diferentes splicings, e assim originar diferentes mRNAs, consoante o tecido onde o mRNA está a ser produzido, ou o estádio de desenvolvimento
Tipos de eventos de splicing alternativo: Omissão de exões, Retenção de intrões, Alternância nos locais de splicing, Exões de exclusão mútua, Promotores alternativos, Poliadenilação alternativa
Reconhecimento das fronteiras entre intrões e exões no pré-mRNA
Nucleótidos específicos indicam os limites do intrão: GU no extremo 5' e AG no extremo 3'. Uma adenina a 15-45 nucleótidos a montante do extremo 3' também é típico (branch point). As sequências em redor destes nucleótidos também é bastante conservada
Splicing alternativo
Presença de promotores alternativos, região codificante do transcrito pode iniciar-se com o exão 1a ou 1b
Tipos de eventos de splicing alternativo
Omissão de exões
Retenção de intrões
Alternância nos locais de splicing
Exões de exclusão mútua
No pré-mRNA (ou transcrito primário) é necessário reconhecer a fronteira entre intrões e exões