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  • Comte definiu o social como o único ponto de vista universal, a única perspetiva que apreende todas as concepções científicas como um todo.
  • A relação entre o social e o político é descrita como uma "harmonia espontânea". Comte separa o social do político e do económico, argumentando que, na sociedade moderna, a coesão social - a autoridade social - resulta essencialmente de forças morais e intelectuais, e não políticas ou económicas. O governo cumpre as suas obrigações não através do exercício da força, mas através da liderança moral e intelectual.
  • Só a moral permite uma regulação adequada da atividade económica, só a moral pode sustentar a harmonia social.
  • Para Comte, o "vício essencial da economia política era a sua tendência para definir a ordem social em termos naturais, como a expressão das forças do mercado e, portanto, livre de regulação por instituições artificiais (positivistas).
  • No entanto, embora Comte discordasse dos princípios do laissez-faire da economia política clássica, aceitou as suas conclusões pessimistas e largamente negativas sobre as consequências sociais de uma divisão avançada do trabalho. A especialização do trabalho, embora seja um elemento essencial de uma sociedade avançada, tende a "limitar a compreensão humana" e a promover a ignorância e a miséria entre as classes trabalhadoras.
  • Comte chegou a uma conclusão radicalmente diferente da dos economistas políticos, argumentando que a divisão do trabalho implica necessariamente uma regulação moral por instituições externas.
  • A solução de Comte para o problema da divisão do trabalho foi a instituição do "governo sábio" com os seus princípios fundamentalmente religiosos e universais, consagrando e regulando assim o comando e a obediência. A própria sociedade civil é considerada incapaz de gerar, a partir das suas próprias instituições espontaneamente desenvolvidas, os valores necessários à coesão social.