Veias cabeça e pescoço

Cards (81)

  • Meninges Cranianas

    • Protegem o encéfalo
    • Compõem a estrutura de sustentação das artérias, veias e seios venosos
    • Encerram uma cavidade preenchida por líquido céfalo-raquidiano, o espaço subaracnóide (entre a aracnóide-máter e a pia-máter), que é fundamental para a função normal do encéfalo
  • Camadas das Meninges Cranianas

    • Dura-máter
    • Aracnóide-máter
    • Pia-máter
  • Dura-máter

    • É a camada externa mais resistente e divide-se em duas lâminas: lâmina periosteal externa (periósteo que cobre a face interna da calvária) e lâmina meníngea interna (membrana contínua que se continua ao nível do forame magno com a parte espinhal da dura-máter)
  • Aracnóide-máter

    • É a camada fina intermédia. Tem vilosidades que se projetam no espaço subaracnóide. Várias vilosidades agrupam-se sob a forma de granulações aracnóides, que se invaginam na dura-máter e permitem o transporte de líquido céfalo-raquidiano para o sistema venoso
  • Pia-máter

    • É a camada interna delicada e vascularizada
  • Leptomeninge
    Aracnóide + Pia-máter. A pia-máter forma a parte visceral da leptomeninge, enquanto que a aracnóide-máter forma a parte parietal da leptomeninge
  • Seios Cranianos

    • São canais venosos compreendidos num desdobramento da dura-máter
    • Constituem os ramos de origem da veia jugular interna e recebem todas as veias dos órgãos contidos na cavidade craniana (encéfalo e meninges) e cavidade orbitária (olho e os seus anexos)
    • As cavidades dos seios cranianos não apresentam válvulas
  • Grupos de Seios Cranianos

    • Grupo póstero-superior
    • Grupo ântero-inferior
  • Seio Sagital Superior

    • Encontra-se na linha média e ocupa toda a extensão da margem convexa da foice do cérebro
    • Começa na crista frontal do osso frontal e termina posteriormente no confluente dos seios
    • Relaciona-se em toda a sua extensão com o sulco escavado de anterior para posterior na abóbada craniana, o sulco do seio sagital superior
    • O seu calibre aumenta progressivamente até à extremidade posterior
  • Cavidades dos seios cranianos

    Não apresentam válvulas
  • Seios cranianos

    • 5 ímpares e medianos
    • 16 pares e laterais
  • Grupos de seios cranianos

    • Grupo póstero-superior
    • Grupo ântero-inferior
  • Seio sagital superior

    • Encontra-se na linha média e ocupa toda a extensão da margem convexa da foice do cérebro
    • Começa na crista frontal do osso frontal e termina posteriormente no confluente dos seios
    • Relaciona-se em toda a sua extensão com o sulco escavado de anterior para posterior na abóbada craniana, o sulco do seio sagital superior
    • O seu calibre aumenta progressivamente até à extremidade posterior, tendo a forma de um prisma triangular
    • A sua cavidade é frequentemente atravessada por granulações aracnóides
  • Confluência dos seios (Lagar de Herófilo ou Torcula)

    Ponto de junção dos seios sagital superior, reto e marginais, situado anteriormente à protuberância occipital interna
  • Veias que drenam no seio sagital superior

    • Veias do forame cego e da extremidade anterior da foice do cérebro
    • Veias cerebrais superficiais superiores
    • Veia anastomótica superior (de Trolard)
    • Veia anastomótica inferior (de Marcel Labbé)
    • Veias meníngeas médias
    • Veias diploicas
    • Veia emissária parietal (de Santorini), que anastomosa as circulações intra e extracranianas
  • Seio reto

    • Estende-se ao longo da base da foice do cérebro
    • Recebe: veia cerebral magna (de Galeno), veia cerebelosa superior e seio sagital inferior
    • Drena no confluente dos seios
  • Seio sagital inferior

    • Ocupa a metade posterior da margem inferior, livre, da foice do cérebro
    • Cresce de anterior para posterior
    • Recebe as veias da foice do cérebro e drena para a extremidade anterior do seio reto
  • Seios marginais

    • Circundam o forame magno
    • Comunicam-se anteriormente com o plexo basilar e com o seio sigmóide e, posteriormente, com o seio occipital que, por sua vez, drena no confluente dos seios
    • Tipicamente, drenam para o seio sigmóide ou bulbo da veia jugular através de seios pequenos e podem ligar-se extra-cranialmente ao plexo venoso vertebral interno, veias cervicais paravertebrais ou profundas na região suboccipital
    • Recebem: pequenas vénulas da dura-máter e do cerebelo
  • Seios laterais

    • Têm a sua origem na confluência dos seios e estendem-se até ao forame jugular, onde se continuam com a origem da veia jugular interna
    • Em 65% dos casos, o calibre do seio lateral direito é maior do que o do esquerdo
    • Recebem na origem: seios sagital superior, reto e marginais, ou seja, os seios que drenam no confluente venoso
  • Seio transverso
    • Tem origem na confluência dos seios e termina na extremidade posterior da margem superior da porção petrosa do temporal
    • Está contido na margem posterior do tentório do cerebelo e relaciona-se com o sulco do seio transverso do osso occipital
    • Recebe: as veias cerebrais posteriores e inferiores e as veias cerebelosas posteriores
  • Seio sigmóide

    • Divide-se em 2 segmentos:
    • Segmento mastóide ou descendente: na extremidade posterior da porção petrosa do temporal, o seio muda de direção e desce para inferior, medial e anterior no sulco do seio sigmóide na porção mastóidea do temporal
    • Segmento jugular ou terminal: ao chegar à extremidade inferior da base da porção petrosa do temporal, o seio muda de direção e dirige-se para superior, anterior e medial até ao forame jugular, onde se continua com o bulbo da veia jugular interna
  • Seios cavernosos

    • Estendem-se de cada lado da sela turca, desde a fissura orbitária superior até à extremidade anterior da porção petrosa do temporal
    • Limitam de cada lado a sela turca que contém a hipófise
    • Anteriormente, repousam sobre o sulco na face lateral do corpo do esfenóide
    • Posteriormente, relacionam-se com o orifício superior do canal carotídeo
    • A cavidade areolar contém a artéria carótida interna, superiormente, e o nervo abducente (VI), inferiormente
    • A parede lateral contém os nervos oculomotor (III), troclear (IV), oftálmico (V1) e maxilar (V2)
  • Ramos aferentes do seio cavernoso

    • Veias oftálmicas
    • Veia central da retina
    • Seio esfeno-parietal
    • Seios inter-cavernosos
    • Plexo basilar
  • Veias oftálmicas

    • Levam o sangue venoso da órbita até ao seio cavernoso
    • Veia oftálmica superior: origina-se no ângulo medial do olho e dirige-se póstero-lateralmente até à fissura orbitária superior
    • Veia oftálmica inferior: nasce da porção ântero-medial do solo da órbita e dirige-se no sentido póstero-lateral
  • Infeção na órbita
    Pode alastrar para o seio cavernoso e afetar o seio cavernoso contralateral, ao se disseminar nos seios inter-cavernosos
  • Infeção na face

    Pode disseminar-se para as veias oftálmicas, através da veia angular
  • Plexo basilar

    • Plexo venoso escavado na dura-máter que recobre o clivus do occipital e a face posterior do dorso da sela do esfenóide
    • Une as extremidades posteriores do seio cavernoso e as origens dos seios petrosos e comunica-se inferiormente com o plexo venoso vertebral interno
  • Compressão do tórax, abdómen ou pelve

    Pode forçar a passagem do sangue venoso dessas regiões para o sistema venoso vertebral interno, e dele para os seios venosos da dura-máter
  • Ramos eferentes do seio cavernoso
    • Seio petroso superior
    • Seio petroso inferior
    • Seio petro-occipital
    • Plexo venoso carotídeo interno
  • Forame jugular
    • Dá passagem a várias estruturas, estando localizado no andar posterior do crânio
    • É limitado anteriormente pela incisura da fossa jugular na face póstero-inferior do rochedo do osso temporal e posteriormente pelo processo jugular do occipital
    • Encontra-se dividido em 2 porções pelas espinhas jugulares: uma posterior (venosa) e uma anterior (nervosa)
  • Veias jugulares
    • Interna
    • Externa
    • Anterior
    • Posterior (também designada como veia cervical profunda)
  • Veia jugular interna

    • É a veia jugular de maior calibre e é responsável pela maior parte da drenagem venosa da cabeça e pescoço
    • Drena a cavidade craniana, a região orbitária, parte da face e da região anterior do pescoço
    • Tem origem no forame jugular e dá continuidade ao seio sigmóide
    • Na sua origem verifica-se uma dilatação que ocupa a fossa jugular e que se designa bulbo superior da veia jugular interna
    • Inicialmente é posterior à artéria carótida interna e depois torna-se lateral a esta e, mais inferiormente, à artéria carótida comum
    • Termina no tronco venoso braquiocefálico ao anastomosar-se com a veia subclávia ao nível da extremidade esternal da clavícula
    • Na sua porção terminal apresenta uma segunda dilatação designada bulbo inferior da veia jugular interna
  • Veia jugular interna

    Responsável pela maior parte da drenagem venosa da cabeça e pescoço. Drena a cavidade craniana, a região orbitária, parte da face e da região anterior do pescoço
  • Veia jugular interna
    • Tem origem no forame jugular e dá continuidade ao seio sigmóide
    • Apresenta um bulbo superior na sua origem e um bulbo inferior na sua porção terminal
  • Trajeto da veia jugular interna

    1. Dirige-se para anterior, inferior e ligeiramente para lateral
    2. Inicialmente é posterior à artéria carótida interna e depois torna-se lateral a esta e, mais inferiormente, à artéria carótida comum
    3. Termina no tronco venoso braquiocefálico ao anastomosar-se com a veia subclávia ao nível da extremidade esternal da clavícula
  • Relações da veia jugular interna

    • Medialmente: artéria carótida
    • Anteriormente: músculos esternocleidomastóide e omohioide
    • Posteriormente: músculo escaleno anterior e lâmina pré-vertebral da fáscia cervical
  • Durante o seu trajeto, a veia jugular interna recebe várias veias tributárias, aumentando, assim, o seu calibre de superior para inferior
  • Veias que a veia jugular interna recebe junto à base do crânio

    • Seio petroso-inferior
    • Seio petro-occipital
    • Plexo venoso carotídeo interno
  • Veias tributárias da veia jugular interna no pescoço

    • Veia facial
    • Veia lingual
    • Veia tiroideia superior
    • Veia faríngea
    • Veia tiroideia média
  • É comum que as primeiras 3 ou 4 veias referidas cheguem à veia jugular interna através de um tronco comum, designado tronco tiro-linguo-faringo-facial, ou tronco tiro-linguo-facial