O investigador manipula o fator de exposição, e os indivíduos são alocados de forma aleatória, em grupos expostos (a um fator de proteção ou tratamento) e um grupo controle (placebo ou tratamentoconvencional).
O ensaio clínico possui temporalidade longitudinal
O investigador manipula o fator de exposição
Os indivíduos são alocados de forma aleatória:
grupo exposto: a um fator de proteção ou tratamento
grupo controle: placebo ou tratamento convencional
Uma vez definida a população a ser observada e analisada, é preciso identificar e conferir todos os elementos definidos para o perfil dessa amostra.
A randomização é a alocaçãoaleatória dos indivíduos aos grupos do ECR. Garante comparabilidade dos grupos, isto é, todos os indivíduos têm a mesma probabilidade de estar no grupo exposto ou no grupo controle.
A randomização previne o viés de seleção ao garantir a seleção não enviesada dos participantes, evitando a auto-seleção dos participantes e a interferência do investigador
A randomização previne o viés de seleção
O sucesso da randomização depende:
Geração adequada de uma sequênciaimprevisível, porém, reprodutível;
Alocaçãooculta: participantes e equipe não devem saber a que tratamento a próxima pessoa será alocada;
Tamanho da amostra: caso o tamanho da amostra seja insuficiente, os grupos podem não ficar comparáveis, sendo necessário controlar fatores de confundimento.
O ocultamento do processo de randomização é importante para evitar manipulações da alocação que podem comprometer a comparabilidade dos grupos.
Em um ECR bem conduzido, a decisão de incluir ou não um paciente no estudo deve anteceder a sua randomização.
Intervenção é quando o investigador “manipula” o fator de exposição, mas os indivíduos são alocados de forma aleatória.
A verificação do desfecho deve ser cegada e mascarada, para não influenciar o indivíduo, os profissionais examinadores e o avaliador.
Mascaramento e cegamento (blinding)
Procedimento simples: Só o paciente
Procedimento duplo cego: Paciente e equipe de campo
Procedimento triplo cego: Paciente, equipe de campo e responsável pela análise dos dados
Placebo é uma técnica especial de mascaramento (cegamento).
Em relação ao placebo, os pacientes do grupo controle recebem um tratamento similar em formato, gosto, doses, via de administração, porém, sem função farmacológica ou terapêutica.
Os pacientes ficam “cegados” em relação à exposição, pois não sabem se é a intervenção em teste ou uma intervenção inócuabiologicamente.
O placebo é utilizado quando não há um método de tratamento padrão.
Avaliação da incidência do desfecho
Desfechoprimário: Evento mais importante sobre o qual o investigador quer intervir
Desfechos secundários: Outros eventos que podem ser modificados pela intervenção
Efeitosadversos: Eventos desfavoráveis causados pelos tratamentos em comparação
Medida de frequência: Incidência
Medida de associação: Risco Relativo
O pareamento é uma estratégia de controle do confundimento na seleção
A análise estratificada é uma forma de controle do confundimento na análise
Análise por intenção de tratar: Manutenção dos grupos tal qual foram formados pela randomização
Análise por intenção de tratar
Resultados de eficácia mais próximos da realidade, mesmo se houver perdas.
Análise por protocolo
Somente o "n" daqueles que terminaram o estudo entra na análise
Análise por protocolo
Pode superestimar os resultados de eficácia
Vantagens do ECR
O tratamento e os procedimentos são decididos a priori e uniformizados na sua aplicação;
Os grupos de estudo e de controle têm grande chance de serem comparáveis em termos de variáveis de confundimento se o tamanho da amostra for grande;
A cronologia dos acontecimentos é determinada sem equívocos, existe a certeza de que o tratamento é aplicado antes de aparecerem os efeitos;
A qualidade dos dados sobre a intervenção e os efeitos pode ser de excelente nível, já que é possível proceder à sua coleta no momento em que os fatos ocorrem;
Vantagens do ECR
Os resultados são expressos em coeficientes de incidência, a partir dos quais são calculadas as medidas de associação;
Muitos desfechos clínicos podem ser investigados simultaneamente;
Alta credibilidade como produtor de evidências científicas.
Randomização
– É a alocação aleatória dos indivíduos aos grupos de comparação, geralmente realizada através de uma tabela de números aleatórios. Se bem sucedida:
garante a comparabilidade dos grupos – todos os indivíduos têm a mesma probabilidade de estar no grupo exposto ao fator profilático ou terapêutico em teste ou no grupo controle;
garante a seleção não enviesada dos participantes – não há auto-seleção nem interferência do investigador
A randomização é utilizada para minimizar o viés de seleção
A alocaçãooculta é utilizada para minimizar o viés de seleção
Exposição (intervenção)
Tratamento em estudo
Medicamento;
Cirurgia;
Psicoterapia;
Nova dosagem;
Profilaxia
Vacina;
Atividade física
A verificação do desfecho deve ser cegada (ou mascarada), para não influenciar o indivíduo, os profissionais examinadores e o avaliador, com a função de reduzir o viés de informação e a subjetividade na avaliação dos resultados.
Em relação à análise por intenção de tratar, os pacientes alocados a um determinado grupo de tratamento devem ser seguidos, avaliados e analisados como membros do grupo original específico, independentemente de sua aderência ao curso de tratamento planejado.
Análise por protocolo: com os participantes que de fato completaram o tratamento
Análise por protocolo: Superestima o resultado uma vez que o denominador só inclui os pacientes que seguiram o protocolo e chegaram ao final do estudo
A análise por intenção de tratar retrata o resultado mais próximo da realidade uma vez que considera todos os pacientes randomizados no denominador.